O líder do grupo Estado Islâmico no Afeganistão e no Paquistão foi morto em um ataque dos Estados Unidos na fronteira entre os dois países, informou nesta sexta-feira (12) o Pentágono.
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A morte de Hafez Said é um sério revés para o grupo extremista que tenta se implantar de forma permanente no Paquistão e no Afeganistão.
Segundo o porta-voz do Pentágono Gordon Trowbridge, o líder jihadista foi morto durante operação conjunta das forças especiais americanas e afegãs no sul da província de Nangarhar.
"As forças americanas conduziram um ataque contra Hafez Said (...) no distrito de Achin, em Nangarhar, no dia 26 de julho, o que provocou sua morte".
Este chefe do EI "era conhecido por ter participado diretamente de ataques contra as forças americanas e da coalizão, e de atividades que aterrorizavam os afegãos, particularmente em Nangarhar", declarou Trowbridge.
Este ataque ocorre menos de seis meses depois de outro que matou Abdul Rauf Khadim, que se acreditava ser o número dois do EI no país.
As autoridades afegãs haviam anunciado equivocadamente a morte de Said em julho de 2015 em um ataque com drone americano na província afegã de Nangarhar, perto da fronteira paquistanesa.
Hafiz Said foi nomeado no início do ano passado para dirigir a "Província de Khorasan", que inclui o Afeganistão, Paquistão e alguns territórios em países vizinhos, quando um grupo de talibãs paquistaneses prometeram lealdade ao EI.
Desde então, muitos talibãs afegãos desertaram e alguns aparentemente adotaram a bandeira do EI para passar a imagem de uma força mais mortal.
A maioria das tropas da Otan já deixou o Afeganistão, deixando a responsabilidade para as forças locais de garantir a segurança do país. Contudo, as autoridades afegãs continuam a contar com o apoio aéreo dos americanos e lutam para conter o Talibã, que continua a realizar ataques frequentemente.
Outro líder dos talibãs afegãos, o mulá Ajtar Mansur, foi morto por um drone americano em maio passado, no Paquistão.