DETENTOS

Turquia libertará 38 mil pessoas sem envolvimento em tentativa de golpe

A libertação sob controle judicial envolve ''os crimes cometidos antes de 1º de julho'', mas não assassinatos, atos terroristas, atentados contra a segurança do Estado, violação de segredos de Estado ou narcotráfico

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Publicado em 17/08/2016 às 8:05
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A libertação sob controle judicial envolve ''os crimes cometidos antes de 1º de julho'', mas não assassinatos, atos terroristas, atentados contra a segurança do Estado, violação de segredos de Estado ou narcotráfico - FOTO: ADEM ALTAN / AFP
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A Turquia libertará 38.000 prisioneiros condenados por crimes cometidos antes de 1º de julho, ou seja, antes do golpe de Estado frustrado, anunciou nesta quarta-feira (17) o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, para aparentemente evitar a superlotação das prisões.

A libertação antecipada sob controle judicial "não é uma anistia" e envolve "os crimes cometidos antes de 1º de julho", mas não os assassinatos, atos terroristas, atentados contra a segurança do Estado, violação de segredos de Estado ou narcotráfico, anunciou o ministro em 19 tuítes.

"Com base nesta medida, 38.000 pessoas sairão da prisão em uma primeira fase", indicou o ministro, deixando a porta aberta para novas ondas de libertações antecipadas.

A medida exclui, de fato, qualquer pessoa detida por seu envolvimento no golpe de Estado frustrado de 15 de julho.

Ancara acusa o pregador Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, de ter organizado a tentativa de golpe.

Este anúncio é feito depois que a Turquia colocou em andamento um implacável expurgo contra os simpatizantes de Gülen nas instituições e em todos os setores da sociedade. Cerca de 35.000 pessoas foram detidas, 11.600 das quais foram colocadas em liberdade, de acordo com autoridades turcas.

A imprensa informou nas últimas semanas sobre uma grande superlotação nas prisões turcas devido a estes expurgos.

A medida anunciada nesta quarta-feira parece destinada, neste sentido, a abrir vagas nos estabelecimentos penitenciários para as pessoas detidas no âmbito deste expurgo nacional, embora o ministro não tenha explicado os motivos das libertações antecipadas.

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