A candidata democrata Hillary Clinton manifestou nesta segunda-feira suas "graves" preocupações com os relatórios sobre supostas interferências da Rússia no processo eleitoral nos Estados Unidos através de ciberataques contra seu partido.
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A possibilidade de que Moscou esteja envolvida nos ataques cibernéticos revelados em julho "provoca alguns graves questionamentos sobre o potencial da interferência russa no nosso processo eleitoral", disse Clinton a jornalistas em seu avião de campanha.
Apesar de não utilizar o termo ciberguerra, Clinton descreveu a interferência russa como "ameaça de uma potência estrangeira adversária".
A candidata democrata, que enfrenta uma acirrada disputa com Donald Trump pela presidência dos Estados Unidos, também condenou seu adversário republicano por incentivar a Rússia a espioná-la.
"Jamais tivemos uma potência estrangeira adversária envolvida em nosso processo eleitoral. Nunca tivemos um candidato (...) exortando os russos a hackear" candidatos.
Clinton afirmou que o "consenso" entre agentes americanos de inteligência e especialistas é que o ciberataque foi orquestrado pela inteligência russa.
O jornal The Washington Post informou que autoridades dos Estados Unidos estão investigando uma operação russa que incluiu um ciberataque ao sistema de registro de votação no Arizona.
Em uma sessão de perguntas e respostas de 20 minutos, que pode ser interpretada como sua primeira entrevista coletiva em 275 dias, Hillary também falou da recente divulgação de notas do FBI sobre os emails de trabalho que enviou de uma conta privada e sobre suas ideias para a Fundação Clinton.