SOLIDARIEDADE

Itália se mobiliza para salvar o irmão de menino migrante em Lampedusa

O irmão de Ahmed tem sete anos e sofre de uma doença sanguínea rara

AFP
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Publicado em 05/09/2016 às 10:45
Foto: ARIS MESSINIS / AFP
O irmão de Ahmed tem sete anos e sofre de uma doença sanguínea rara - FOTO: Foto: ARIS MESSINIS / AFP
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Uma corrente de solidariedade foi formada nesta quinta-feira (5) na Itália para apoiar o pequeno egípcio de 13 anos que cruzou sozinho o Mediterrâneo a bordo de uma embarcação de migrantes em busca de um médico para seu irmão gravemente doente.

A história de Ahmed, um adolescente que viajou para a ilha de Lampedusa em uma barcaça com o objetivo de encontrar um médico na Europa para salvar o irmão que sofre de uma doença sanguínea rara, comoveu a Itália.

Ao chegar às costas italianas, o menino pediu ajuda às autoridades mostrando um atestado médico confirmando a doença grave que afeta o irmão menor, que está no Egito.

Dois dias após a publicação da epopeia do chamado "pequeno herói de Lampedusa", a imprensa italiana disse que o hospital Careggi de Florença, na Toscana, ofereceu-se para acolher e cuidar do irmão de Ahmed, de sete anos de idade.

De acordo com o jornal Il Corriere della Sera, a história da criança migrante comoveu o primeiro-ministro Matteo Renzi, ex-prefeito de Florença, que pediu para as autoridades da cidade para ajudar a criança.

Uma ponte aérea esta sendo organizada para transportar a criança doente e sua família para a Itália, enquanto o jovem Ahmed será alojado em um centro de acolhimento para crianças migrantes não acompanhadas perto de Florença, informou o jornal.

A Itália enfrenta desde o início do ano um aumento nas chegadas de crianças migrantes não acompanhadas, um número que duplicou em relação ao ano passado no mesmo período.

Dos mais de 100.000 migrantes que chegaram este ano, cerca de 13.700 eram menores não acompanhados, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

As crianças migrantes que viajam sozinhas, sem um acompanhante adulto, vêm principalmente da Gâmbia, Eritreia e Egito e têm uma média de 16 ou 17 anos de idade.

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