Matthew

Furacão avança para Jamaica e Haiti após deixar danos na Colômbia

Matthew se enfraqueceu na manhã deste sábado para a categoria 4 na escala de Saffir-Simpson

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Publicado em 01/10/2016 às 16:39
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Matthew se enfraqueceu na manhã deste sábado para a categoria 4 na escala de Saffir-Simpson - FOTO: AFP
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O furacão Matthew, o mais potente ciclone no Caribe na última década, avançava para o norte na tarde deste sábado (1º), em direção à Jamaica e ao Haiti, após deixar danos menores e persistentes chuvas na Colômbia. Matthew se enfraqueceu na manhã deste sábado para a categoria 4 na escala de Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos. Na noite de sexta-feira, ele chegou a atingir a categoria máxima.

Ao ter alcançado ventos que superavam os 260 km/h, Matthew "é o furacão mais potente no Atlântico desde Félix, em 2007", que deixou cerca de 150 mortos e milhares de danos em sua passagem devastadora por regiões pobres da costa caribenha da Nigarágua, informou o NHC, com sede em Miami. "Matthew permanece (como) um furacão muito poderoso de categoria 4. Vigilância de furacão emitida para partes do Haiti", disse o NHC em seu boletim das 12h (horário de Brasília).

Nesse horário, "o olho do furacão Matthew estava localizado perto da latitude 13,4 norte, longitude 73.4 oeste", indicou o NHC, acrescentando que o ciclone se deslocava a 9 km/h. "Na trajetória prevista, o centro de Matthew se moverá através do centro do Mar do Caribe hoje (sábado) e no domingo, e chegando à Jamaica domingo à noite e segunda-feira", acrescentou. "Dados do avião de caça-furacões da Força Aérea (dos EUA) indicam que os ventos máximos suspensos estão a cerca de 230 km/h com rajadas mais altas", disse o NHC.

Deixa 'boa recordação' na Colômbia

Matthew se distanciou neste sábado da costa do Caribe da Colômbia, deixando danos menores e a persistência de chuvas e tempestades em todo o país, informaram as autoridades. "O dano foi menor do que era esperado, apesar da categoria (5, de potente furacão) com a qual chegou ao país", declarou o diretor da Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD), Carlos Iván Márquez.

"Não temos que lamentar perdas de vidas humanas, pessoas desaparecidas, feridos", disse ele aos jornalistas, destacando que um morto informado na véspera não faleceu devido ao furacão. Ao todo, 27 casas sofreram danos melhores. "A tendência é a normalidade", acrescentou, enfatizando que estarão dadas as condições para a realização, normalmente, do plebiscito neste domingo (2), quando a Colômbia votará sobre um histórico acordo de paz com a guerrilha das Farc.

As autoridades colombianas mantinham o alerta para toda a região do Caribe, "mas baixou de vermelho para amarelo". Márquez destacou, contudo, "a boa recordação" que Matthew deixou na região, ao recarregar as bacias dos rios que estavam muito baixos por uma prolongada seca. "Há mais de cinco anos não chovia na zona, e isso só traz benefício para a comunidade", comemorou o governador encarregado de La Guajira, Jorge Enrique Vélez, citado no texto.

Chegará a Cuba na segunda-feira

O NHC advertiu que, após chegar no domingo à noite à Jamaica, o furacão tocará a costa sul de Cuba na noite de segunda, ou na manhã de terça-feira. O centro meteorológico americano acrescentou que "ainda é cedo demais para excluir um impacto na Flórida".

Na Jamaica, foi decretado um alerta de furacão, enquanto que no Haiti e no sul da República Dominicana foi declarado um alerta de tempestade tropical. Os três países aguardam chuvas torrenciais e inundações, e o NHC já advertiu sobre a possibilidade de deslizamentos de terra. No Haiti, as autoridades convocaram os habitantes das ilhotas do sul do país para que fiquem preparados.

"Foi pedido a eles que reforcem janelas e portas e que armazenem água e alimentos", explicou à AFP o porta-voz dos serviços de emergência haitianos, Edgar Celestin. Na Jamaica, o primeiro-ministro Andrews Holness pediu às autoridades que "acelerem" os preparativos e as ajudas que serão necessários para atender à população após a passagem do furacão, segundo o jornal The Star. Isso inclui transferir cerca de 2.000 pessoas sem casa para um abrigo, informou ao jornal Desmond McKenzie, uma autoridade local.

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