O Acordo do Clima para o combater às mudanças climáticas atingiu na quarta-feira (5), o limite mínimo de adesões para entrar em vigor, depois que 72 países, responsáveis por 56,75% das emissões de gases de efeito mundiais, o ratificaram. Agora se somam 30 dias para ele oficialmente ser adotado: em 4 de novembro, véspera do início da Conferência do Clima de Marrakesh.
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Definido em dezembro do ano passado por 195 países durante a Conferência do Clima de Paris, precisava ser ratificado por ao menos 55 países, responsáveis por 55% das emissões, para entrar em vigor.
A primeira marca havia sido alcançada em 21 de setembro, quando chegou a 60 o número de ratificações, mas na ocasião estavam cobertas apenas 47,76% das emissões. Ali já estavam comprometidos China, Estados Unidos e também o Brasil. No domingo, a Índia entrou. Na terça, 4, o Parlamento Europeu ratificou o acordo, abrindo espaço para que todos os países-membros da União Europeia também o fizessem.
A entrada em vigor se dá muito antes do esperado. A expectativa original era que isso só ocorreria em 2020. Na prática, significa que o mundo vai começar a fazer seus planos para implementar ações que possam reduzir as emissões de gases de efeito estufa a fim de limitar o aumento da temperatura média do planeta a menos de 2°C até o fim do século, com esforços para ficar em no máximo 1,5°C.
Já se sabe que as metas que cada país assumiu não são suficientes. Elas ainda deixam o mundo no rumo de um aquecimento de 3°C. A rápida entrada do acordo em vigor dá mais tempo para que os países possam revisar seus planos. "A entrada em vigor do Acordo de Paris, antecipadamente, significa que a sociedade global está preocupada com a questão climática e engajada para que as mudanças climáticas não atinjam níveis catastróficos como os prognósticos científicos indicavam", disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
Brasil
Everton Lucero, secretário de Mudanças Climáticas, afirmou que deve ser divulgada até novembro uma primeira versão do plano de implementação das metas para discussão com a sociedade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.