Conselho de Segurança

Rússia veta na ONU rascunho de resolução da França sobre Aleppo

Documento apresentado pela França teve 11 votos a favor, mas foi vetado por Rússia e Venezuela. China e Angola se abstiveram

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Publicado em 08/10/2016 às 17:19
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Documento apresentado pela França teve 11 votos a favor, mas foi vetado por Rússia e Venezuela. China e Angola se abstiveram - FOTO: FOTO: DOMINICK REUTER / AFP
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A Rússia vetou neste sábado, no Conselho de Segurança da ONU, um rascunho de resolução proposto pela França, pedindo a suspensão dos bombardeios na cidade de Aleppo, onde o regime sírio e Moscou realizam uma forte ofensiva militar.

O documento apresentado pela França teve 11 votos a favor, mas foi vetado por Rússia e Venezuela, enquanto China e Angola se abstiveram. 

Essa foi a quinta vez que Moscou usa seu direito de veto para bloquear uma ação da ONU para pôr fim à guerra na Síria, iniciada em 2011 e com pelo menos 300.000 mortos.

Momentos antes da votação, o chanceler francês Jean-Marc Ayrault pediu ao Conselho de Segurança que tome aja imediatamente para salvar Aleppo de ser destruída pela campanha de bombardeios do regime de Bashar al Assad e Moscou.

O Conselho "deve exigir imediatamente uma ação para salvar Aleppo", pediu Ayrault.

Neste sábado, o Conselho também votará um rascunho de resolução da Rússia para estabelecer um cessar-fogo, mas que não menciona pôr fim aos bombardeios. Os diplomatas disseram que a previsão é de que essa medida fracasse.

"O que está em jogo, é antes mais nada, o destino de Aleppo e de seu povo", afirmou Ayrault ao Conselho.

"Mas é mais do que isso, é a esperança de finalmente estabelecer um fim ao conflito pelo qual todos, todos nós, estamos pagando consequências catastróficas", acrescentou.

Em uma mensagem dirigida à Rússia, o chanceler francês disse que qualquer país que se opõe à proposta da França "dará a Bashar al Assad a possibilidade de matar ainda mais".

Pelo menos 250.000 pessoas vivem sob um estado de sítio no leste rebelde de Aleppo e enfrentam quase diariamente poderosos bombardeios, desde que p regime sírio e seu aliado Moscou lançaram uma ofensiva para retomar a cidade no final do mês passado.

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