Donald Trump culpou o mexicano Carlos Slim, nesta sexta-feira (14), por uma campanha midiática para torpedear sua candidatura à Casa Branca, depois que o jornal The New York Times, do qual o magnata das telecomunicações é acionista, publicou acusações de assédio sexual contra o republicano.
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"O principal acionista do (New York) Times é Carlos Slim e, como sabem, Carlos Slim vem do México. Ele deu milhões de dólares aos Clinton", declarou Trump, em um comício na Carolina do Norte.
"Vamos deixar que corporações estrangeiras e seus presidentes decidam o resultado (da eleição)?! Ele não pode fazer isso. Não podemos deixar isto acontecer", insistiu.
Na quarta-feira (12), o NYT publicou relatos de duas mulheres que acusaram Trump de assédio sexual, há anos. Outras mulheres fizeram denúncias similares, incluindo duas nesta sexta-feira.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, Kristin Anderson contou que, no início dos anos 1990, em uma boate de Nova York, Donald Trump tocou sua vagina, metendo a mão por baixo de sua saia. Uma porta-voz do candidato disse que ele negou os fatos.
Em Los Angeles, Summer Zervos declarou à imprensa que Trump a beijou à força em um hotel há uma década, quando era participante de "O aprendiz", o reality show que levou o magnata à fama.
"Eu nem mesmo sei quem são essas pessoas. É uma vergonha", declarou Trump na quinta-feira, taxando as acusações como "mentiras apresentadas pela imprensa e pela campanha de Hillary".
Nesta sexta, Trump reafirmou que está "sendo atacado brutalmente com mentiras e calúnias".
Mike Pence, candidato a vice de Trump, prometeu apresentar evidências contra as acusações, surgidas após a divulgação de um vídeo que mostra o magnata se gabando de agarrar as mulheres por ser famoso.
"Antes do fim do dia, provas serão tornadas públicas para pôr essas alegações em xeque", prometeu Mike Pence em entrevista à rede CBS.
Slim declarou que não conhece Trump e rejeitou ter qualquer interesse na vida particular do candidato republicano.
Em 2015, Slim ampliou sua participação de 8% para 17% na empresa New York Times, tornando-se o principal acionista individual do grupo de imprensa fora da família americana Sulzberger.