Uma nova pesquisa Wall Street Journal/NBC News constatou que Hillary Clinton expandiu sua liderança sobre Donald Trump para 11 pontos porcentuais entre os prováveis eleitores, contra uma vantagem de 6 pontos observada em setembro, passando a ter 48% das intenções de voto, ante 37% de seu opositor.
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Trump tem frequentemente questionado a precisão de pesquisas mostrando-o atrás. Seus defensores dizem que as pesquisas subestimam a força do candidato, argumentando que algumas pessoas que pretendem votar em Trump estão relutantes em revelar sua preferência aos pesquisadores.
A pesquisa descobriu que 13% dos entrevistados disseram que conheciam pessoas que apoiavam o candidato republicano mas estavam hesitantes em dizer isso, porque se preocupavam com o que os outros poderiam pensar. Ao mesmo tempo, 8% disseram que conheciam pessoas que estavam votando para Hillary, mas tinham medo de revelar sua preferência.
Trump muitas vezes também aponta para o tamanho da multidão em seus comícios para argumentar que há apoio mais intenso do seu lado do que no de Hillary Clinton. Mas a pesquisa descobriu que os dois candidatos estavam em paridade na intensidade do apoio. Cerca de 54% dos eleitores Trump disseram que o apoiam fortemente e com certeza votarão nele; 54% dos eleitores de Hillary disseram o mesmo dela.
Por outro lado, a pesquisa também revelou que, apesar de Hillary ser amplamente considerada como tendo programas melhores de alcance do eleitorado e de estímulo ao voto, aproximadamente a mesma proporção de eleitores tinha sido contatada por ambas campanhas. Cerca de 31% disseram ter sido contatados pela campanha Trump por telefone, e-mail e outros meios, enquanto 32% afirmaram que a campanha de Hillary os tinha contatado.
O debate presidencial quarta-feira em Las Vegas é o terceiro e último entre o Trump e Clinton. Os dois primeiros debates não influenciaram muito os eleitores, mas a pesquisa descobriu sinais de que eles fizeram mais por Hillary do que por seu adversário. Cerca de 31% dos eleitores disseram que os debates os tornava mais propensos a apoiar Hillary, enquanto 14% declararam que os debates os tornaram mais propensos a apoiar Trump. A maior parte, 52%, disse que os debates não fizeram diferença.
A pesquisa também mostrou que mais eleitores têm uma visão otimista do que pessimista da economia, contradizendo a retórica sombria de Trump. Instados a descrever seus sentimentos sobre a sua situação financeira pessoal no ano que vem, 52% dos entrevistados disseram que estavam confiantes e otimistas; 42% disseram que estavam preocupados e incerto.
Obama
Os eleitores também foram questionados sobre a visão a respeito do atual presidente, Barack Obama, e sua esposa, Michelle. O índice de aprovação de Obama subiu um ponto, para 53%, sua marca mais alta desde logo após a reeleição, em 2012. A única vez que ele teve aprovação maior foi no primeiro ano de sua presidência, em 2009. Já a primeira-dama é vista positivamente por 59% dos eleitores, uma classificação mais forte do que a de Obama ou qualquer dos candidatos presidenciais.
A pesquisa foi realizada entre 10 e 13 outubro e incluiu 1 mil eleitores registrados. A margem de erro para esse grupo era de 3,1 pontos percentuais para baixo ou para cima.