A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 22) começou nesta segunda-feira (7), em Marrakesh, com a missão de implementar o Acordo de Paris sobre o aquecimento global, firmado no ano passado.
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A Secretária Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Patrícia Espinosa, afirmou que "nenhum político ou cidadão pode duvidar que o mundo esteja determinado a ser uma sociedade de baixa emissão de carbono".
Acordo
Até agora, 100 países aderiram formalmente ao acordo aprovado no ano passado em Paris, incluindo alguns dos principais emissores de carbono, como Estados Unidos, China, Índia e União Europeia. No entanto, os EUA podem enfrentar um impasse caso Donald Trump, candidato republicano à presidência do país, vença as eleições amanhã. Trump já deu declarações de que cancelaria o acordo caso vencesse. Já Hillary Clinton, candidata democrata à Casa Branca, disse apoiar as políticas climáticas do governo Obama.
Mesmo na COP 22, as atenções estão voltadas para as eleições presidenciais dos EUA. "Trump se tornou presidente? Eu pessoalmente não tenho problema com ele, mas o que o sujeito quer fazer? Ele está consciente do que está acontecendo com o clima?", disse Adjo Bokon, de Togo.
O Acordo de Paris marcou a primeira vez que todos os países que emitem grande quantidade de poluentes chegaram a um acordo sobre o aquecimento global, reduzindo o aumento na emissão de gases a partir de combustíveis fósseis.
De acordo com a ONU, as emissões globais estão aumentando a cada ano, chegando a 52,7 bilhões de toneladas em 2014, sendo impulsionadas pela expansão da China, da Índia e de outras economias emergentes. Já as temperaturas médias globais continuam atingindo novos recordes: o ano passado foi o mais quente desde o início dos registros, no século 19, e espera-se que 2016 tenha temperaturas ainda mais quentes.