O acordo climático internacional firmado na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21) em Paris, em dezembro do ano passado, para frear as emissões de gases do efeito estufa e a lidar com os impactos da mudança climática, depende da colaboração de todos. Pensando nisso, o Recife vai debater os desdobramentos da COP 21 e apresentar ações de sustentabilidade, nesta quarta (24) e quinta-feira (25), durante a II Jornada Nacional sobre Cidades e Mudanças Climáticas.
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Realizado em Fortaleza, no Ceará, o evento reúne representantes de diversas cidades brasileiras e especialistas da América Latina. A secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, participará da programação em dois painéis, o Panorama pós COP-21 no Brasil e o Financiamento Climático para as Cidades.
“O acordo de Paris traz uma nova perspectiva para as cidades e, por isso, essa discussão precisa começar a tomar corpo. Os governos locais terão muitos desafios pela frente para implantar as ações de redução CO2 e devemos estar preparados para enfrentá-los com ações inovadoras e muito planejamento”, afirma Cida Pedrosa, ressaltando que os centros urbanos são responsáveis por mais de 70% do consumo de energia e das emissões de gases do efeito estufa no mundo.
A Jornada é o primeiro evento nacional sobre o tema após a realização da Conferência das Partes – COP 21 e também marca o fim do projeto Urban LEDS, uma iniciativa de quatro anos financiado pela União Europeia e desenvolvido pelo ICLEI e ONU Habitat. O programa aconteceu em 37 centros urbanos no mundo e o Recife participou como Cidade Modelo. Com o apoio dessa parceria, a capital pernambucana produziu dois inventários de Gases do Efeito Estufa, leis para enfrentamento às Mudanças Climáticas, além de elaborar um plano com metas de redução de CO2 até 2020.
“O Recife já está no caminho certo para um futuro mais sustentável. Mas, precisamos seguir nessa luta em defesa das cidades no processo de redução de poluentes e efetivar os novos projetos. Para isso, é fundamental termos acesso a financiamentos nacionais e internacionais para implantar infraestruturas mais sustentáveis”, completa Cida Pedrosa.