O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está tentando montar a equipe que vai ajudá-lo a governar o país a partir de 20 de janeiro de 2017. Mas a escolha se transformou em um processo caótico. Nessa terça-feira (15), havia uma grande expectativa de que o ex-congressista Mike Rogers fosse anunciado para um cargo de comando do setor de inteligência do governo. Mas, de repente, o nome do ex-parlamentar foi vetado, gerando um mal-estar na equipe.
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O incômodo ocorreu porque Mike Rogers é admirado pela equipe por ter sido um dos maiores articuladores da campanha vitoriosa de Trump e muitos entendem que ele deveria continuar.
Segundo integrantes do Partido Republicano, legenda que elegeu o novo presidente dos Estados Unidos, o veto teria sido dado por Jared Kushner, o marido de Ivanka Trump, uma das filhas do novo presidente.
Preocupado com a repercussão do caso, Trump tentou desmentir que a montagem da equipe esteja passando por um processo tumultuado. Em um post publicando nas redes sociais, Donald Trump disse que, ao contrário, o processo de escolha da equipe está sendo bem organizado.
Transição complicada
Mas, em apenas uma semana, desde que foi eleito presidente, Trump já mudou o comando da equipe de transição. Antes, o comando estava nas mãos do governador de Nova Jérsey, Chris Christie, que vinha sendo um dos mais próximos colaboradores do presidente eleito durante toda a campanha. Agora, Donald Trump nomeou o vice-presidente eleito Mike Pence para comandar a transição. Muitos atribuem a mudança à infuência do genro de Donald Trump, Jared Kushner.
Três filhos de Donald Trump - Ivanka, Donald Jr e Eric - fazem parte, juntamente com Jared Kushner, da equipe que está montando o gabinete do futuro governo. Só que os filhos de Trump e o genro também vão comandar os negócios da família, durante os quatro anos em que Donald Trump vai permanecer no governo.
O que muitos políticos - dentro e fora do governo - estão indagando é se há conflito de interesse entre as funções exercidas simultaneamente pelos filhos de Trump e por Jared Kushner no setor privado e no novo governo.