Colômbia

Vítimas das Farc na Colômbia apoiam novo acordo de paz

Novo acordo de paz alcançado entre o governo colombiano e as Farc inclui proposições dos representantes do "Não" ao convênio original

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Publicado em 17/11/2016 às 20:07
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Novo acordo de paz alcançado entre o governo colombiano e as Farc inclui proposições dos representantes do "Não" ao convênio original - FOTO: Foto: Diana Sanchez / AFP
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Um grupo de vítimas das Farc na Colômbia apoiou nesta quinta-feira o novo acordo de paz alcançado com essa guerrilha no final de semana em Cuba e defendeu uma implementação rápida que ponha fim a mais de meio século de conflito armado.

"Achamos que não será o melhor acordo, mas é uma opção que temos neste momento para viver melhor", disse Yuli Palacios, representante da Pacipaz, uma aliança de organizações de comunidades negras e indígenas do Pacífico colombiano, em coletiva de imprensa em Bogotá.

Os representantes das organizações participaram em uma coletiva de imprensa junto ao representante do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na Colômbia, Todd Howland, em que também estiveram comunidades e vítimas da conflagração interna provenientes do departamento de Chocó (noroeste), o mais pobre do país.

As comunidades mostraram seu apoio ao novo pacto alcançado entre o governo de Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colombia (Farc), depois de o anterior ter sido rejeitado no dia 2 de outubro em plebiscito.

O novo acordo inclui proposições dos representantes do "Não" ao convênio original, conseguido após quase quatro anos de negociação em Havana.

"Cada dia que passa é uma ameaça (...) nós consideramos que não podemos continuar esperando mais os assuntos da construção da paz em nossos territórios", afirmou Leyner Palacios, representante das vítimas do massacre de Bojayá, onde em 2002 morreram 79 pessoas que se refugiavam em uma igreja dos enfrentamentos entre as Farc e grupos paramilitares.

Grupo que não foi ouvido rejeita novo acordo de paz com as Farc

Outras vítimas do grupo rebelde, o principal e mais antigo do país, se opuseram ao acordado por não terem sido escutadas e rejeitam que os guerrilheiros ganhem elegibilidade política e sejam não paguem com penas de prisão pelos crimes que cometeram.

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