Os países da região Ásia-Pacífico pretendem reafirmar neste domingo (20) em Lima a rejeição a todas as formas de de protecionismo, em oposição ao discurso anti-globalização promovido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Os líderes das 21 economias do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec) terão um encontro com a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, para discutir os desafios da economia global.
A reunião anual, iniciada na sexta-feira na capital peruana, terminará com a adoção de uma declaração final que reafirma o compromisso dos países dos dois lados do Pacífico para continuar sua integração econômica por meio da eliminação das barreiras comerciais.
O presidente americano, Barack Obama, cujo país é fundamental para o bloco, completa em Lima sua última viagem oficial ao exterior em seus oito anos de governo. Ele concederá uma entrevista coletiva.
No projeto de declaração final, ao qual a AFP teve acesso, os líderes da Apec se compromete a "manter (nossa) abertura de mercados e a luta contra todas as formas de protecionismo", que fragiliza o comércio e "desacelera a recuperação da economia internacional".
Os membros da Apec, beneficiados pela globalização, representam 60% do comércio mundial e 40% de sua população. Os países se comprometem ainda a não desvalorizar suas moedas com fins competitivos e a trabalhar pela criação a longo prazo de uma Área de Livre Comércio Ásia-Pacífico totalmente integrada.
Também devem expressar preocupação com "a crescente oposição à globalização" nos Estados Unidos e Europa e com "o surgimento de tendências protecionistas", ao mesmo tempo que pretendem ressaltar a necessidade de uma "distribuição mais justa dos benefícios" da globalização entre "todos os estratos da sociedade".
As posições são completamente diferentes das promessas de campanha de Donald Trump, que defendeu ante o eleitorado americano um maior protecionismo econômico para proteger os empregos nas indústrias contra a concorrência da China ou México, países com mão de obra mais barata.
Em uma postura conciliadora, Obama pediu no sábado à comunidade internacional que dê uma oportunidade a seu sucessor, lembrando que nem sempre se governa como se prometeu em uma campanha.