A China alegou neste sábado (17) que a apreensão de um drone norte-americano no Mar do Sul da China foi feita para garantir a "segurança da navegação de embarcações próximas". Em comunicado, Pequim afirma que, depois de verificar que o dispositivo era um drone norte-americano, "decidiu transferi-lo para os Estados Unidos de forma apropriada".
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A marinha chinesa apreendeu na última quinta-feira o drone, o qual o Pentágono disse que estava sendo operado por civis que conduziam pesquisas sobre o oceano. Os Estados Unidos emitiram uma reclamação diplomática formal e pediram a devolução do drone
O porta-voz do ministério da Defesa da China, Yang Yujun, emitiu um comunicado neste sábado dizendo que um bote salva-vidas da marinha chinesa encontrou um dispositivo desconhecido. "Para impedir que esse equipamento representasse alguma ameaça à segurança da navegação de embarcações próximas e suas equipes, o bote chinês adotou a atitude profissional e responsável de verificar o dispositivo", afirmou Yang.
O comunicado ainda acusa os Estados Unidos de há muito tempo enviar navios "à presença chinesa" para conduzir "vigilância militar".
"A China se opõe a isso e requisita que os Estados Unidos parem tais atividades", diz o comunicado. O país asiático afirma que vai continuar a manter "vigilância contra atividades relevantes dos Estados Unidos" e que tomará medidas necessárias para lidar com tais atividades.
Mais cedo neste sábado, o ministro de Relações Exteriores da China havia afirmado que militares do país estavam em contato com norte-americanos para encontrar a forma apropriada de lidar com o incidente.
TRUMP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou neste sábado o episódio. "A China rouba um drone de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos em águas internacionais - tira ele da água e o leva para a China em um ato sem precedentes", afirmou Trump em sua conta no Twitter.
O episódio com o drone é mais um que tem o potencial para piorar a relação bilateral. O governo chinês tem se incomodado com a atuação de Trump, após o presidente eleito falar ao telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e depois questionar a política da "China única" mantida por Pequim.