Três extremistas islâmicos ligados ao tunisiano suspeito de ser o autor do atentado de Berlim, Anis Amri, entre eles seu sobrinho, foram presos na sexta-feira (23), anunciou neste sábado (24) o ministério tunisiano do Interior.
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As autoridades não informaram se os detidos teriam alguma ligação direta com o atentado de segunda-feira (19) à noite na capital alemã.
Segundo um comunicado, esses três suspeitos são membros de uma "célula terrorista (...) ligada ao terrorista Anis Amri que cometeu o ataque de Berlim" e que foi morto na sexta pela polícia italiana em Milão.
"O sobrinho confessou que estava em contato com o seu tio através do aplicativo criptografado Telegram para escapar da vigilância policial", indicou o ministério, acrescentando que ele havia prometido fidelidade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) em um vídeo enviado para Anis Amri.
O sobrinho, apresentado como o filho da irmã de Anis Amri, também confessou que este último havia "enviado dinheiro" por correio sob uma falsa identidade para ajudá-lo a se juntar a ele na Alemanha, de acordo com o ministério.
O sobrinho também disse que seu tio era o "emir" de um grupo jihadista com sede na Alemanha e conhecido como a brigada "Abu al-Walaa".
As três pessoas presas têm entre 18 e 27 anos e a "célula terrorista" à qual pertencem é ativa entre Fuchana, ao sul de Tunis, e Ueslatia, cidade da família Amri no centro do país, disse o ministério.
Anis Amri havia prometido fidelidade ao Estado Islâmico
Anis Amri, de 24 anos, havia prometido fidelidade ao EI de acordo com um vídeo divulgado pela agência de propaganda da organização terrorista.
Ele foi morto na madrugada da última sexta-feira durante um controle policial "por acaso" em Milão, pondo fim a uma caçada de quatro dias em toda a Europa.
Ele é acusado de matar doze pessoas e ferir dezenas de outras na segunda-feira em um mercado de Natal em Berlim.