CRISE NOS EUA

Ex-chefe de campanha de Trump exige investigação sobre escutas

Manafort foi posto sob vigilância em 2014 depois de ter-se tornado objeto de uma investigação do FBI

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Publicado em 19/09/2017 às 23:33
Foto: Brendan Smialowski / AFP
Manafort foi posto sob vigilância em 2014 depois de ter-se tornado objeto de uma investigação do FBI - FOTO: Foto: Brendan Smialowski / AFP
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O ex-chefe de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, pediu nesta terça-feira que seja aberta uma investigação federal, depois que a rede de televisão CNN revelou que foi objeto de escutas telefônicas por parte do FBI antes e depois das eleições de 2016. 

Enquanto Manafort é alvo da investigação sobre a ingerência russa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, seu porta-voz Jason Maloni estimou que é um delito revelar a existência de ordens sob a lei de vigilância de inteligência estrangeira (Fisa, na sigla em inglês). 

O Departamento de Justiça "deve iniciar imediatamente uma investigação sobre esses vazamentos e examinar as motivações por trás dos esforços do governo anterior por vigiar um oponente político", disse Maloni. 

Ligações com a Ucrânia

Na segunda-feira, a CNN revelou que Manafort foi posto sob vigilância em 2014 depois de ter-se tornado objeto de uma investigação do FBI sobre o trabalho que os grupos de consultoria de Washington tinham feito para o ex-partido governante da Ucrânia. Essas escutas foram suspensas em 2016 por falta de provas e depois foram retomadas sob uma nova ordem que se estendeu pelo menos até o começo do ano. 

A segunda ordem estava relacionada com a investigação do FBI sobre os contatos entre a campanha de Trump e agentes russos. 

A CNN não informou se Trump foi gravado nas conversas telefônicas. 

Manafort dirigiu a campanha do magnata republicano até agosto de 2016, antes de se ver obrigado a se demitir.

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