O drone iraniano que se infiltrou pela Síria no espaço aéreo israelense em 10 de fevereiro estava munido com explosivos e devia realizar um ataque em Israel, afirmou o Exército israelense em comunicado nesta sexta-feira (13).
Esta informação foi divulgada em um momento de extrema tensão entre Israel e Irã na frente síria.
Na segunda-feira, uma base aérea na Síria foi alvo de um bombardeio aéreo que o governo de Bashar al-Assad e seus aliados russo e iraniano atribuíram a Israel, e no qual morreram 14 combatentes, sete deles iranianos.
No dia seguinte, o Irã prometeu uma resposta.
Os responsáveis israelenses se negaram, entretanto, a confirmar sua responsabilidade nesta operação, enquanto multiplicavam as advertências a Teerã.
"Não vamos permitir que iranianos se fixem na Síria, independentemente do preço que se tenha que pagar. Não temos outra opção", disse na terça-feira o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman.
Segundo o comunicado do Exército publicado nesta sexta, o drone interceptado em 10 de fevereiro no espaço aéreo israelense foi "identificado e seguido pelos sistemas de defesa israelenses até sua destruição" por helicópteros de combate.
Leia Também
Drone era pilotado à distância
De acordo com Israel, este drone era pilotado à distância por iranianos com base na Síria. Em represália, Israel efetuou um bombardeio aéreo contra a base, qualificada de "iraniana" pelo Exército, de onde partiu o drone.
Nesta mesma base ocorreu em 9 de abril um ataque aéreo que Damasco, Moscou e Teerã atribuem a Israel.
Israel e Síria estão oficialmente em estado de guerra.