A Igreja Católica venezuelana denunciou nesta segunda-feira (13) que nas instâncias do poder está se instalando uma "espiral de violência repressiva" para quebrar a dissidência ao governo do presidente Nicolás Maduro.
"Os que se sentem com poder estão usando a única arma dos que não têm razão: a violência repressiva (...). Se quer instaurar uma espiral de violência e se promove o esquartejamento da justiça (...) e a quebra da dissidência", assinala a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV).
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Os bispos pediram ao governo que deixe de reprimir e que atenda o povo em suas necessidades, em meio à grave crise econômica que afeta a Venezuela, com hiperinflação e escassez de alimentos, remédios e todo tipo de bens básicos.
"Perseguir, submeter e julgar arbitrariamente é o componente que se observa, enquanto há uma multidão de pessoas precisando de alimentos, medicamentos, luz elétrica, transporte público, gás, salários dignos e fim da inflação", destaca o comunicado da CEV.
Direitos dos detidos
A Igreja pede ainda que se respeite todos os direitos dos detidos, e "isto exclui, desde logo, não apenas qualquer tipo de tortura e tratamento cruel, desumano e degradante, mas também as condições de reclusão em situação de isolamento, a completa impossibilidade de comunicação e a falta de contato com outros seres humanos".