O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou nesta sexta-feira (25) a vontade de se reunir com o líder parlamentar Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino, para iniciar um "diálogo nacional".
"Estou comprometido com o diálogo nacional. Hoje, amanhã e sempre estarei comprometido e pronto para ir aonde tenho que ir. Pessoalmente, se tiver que ir ao encontro desse rapaz (...), vou", disse Maduro em entrevista coletiva, referindo-se a Guaidó.
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Quase simultaneamente, Guaidó assegurou que não se prestaria a um "falso diálogo" com o governo de Maduro.
O presidente socialista disse em 22 de janeiro, véspera de uma mobilização da oposição, Guaidó se encontrou com o poderoso líder governista Diosdado Cabello, versão desmentida pelo opositor.
"Esperemos que mais cedo ou mais tarde a oposição venezuelana escape da armadilha em que caíram, do extremismo em que se meteram e que se abram caminhos para um diálogo razoável, honesto, nos interesses da maioria dos venezuelanos", declarou Maduro.
O chefe de Estado, declarado pelo Parlamento como um "usurpador" depois de ser reeleito em eleições boicotadas pela oposição e ignorada por vários governos, disse que Guaidó é "um agente do governo dos Estados Unidos".
Apoio
Guaidó foi reconhecido pelos Estados Unidos, Canadá e vários países da América Latina, enquanto Maduro é apoiado por vários países aliados como Rússia, Turquia e China.