O Senado dos Estados Unidos demonstrou desprezo a Donald Trump nesta quinta-feira (31), ao votar por grande maioria em uma emenda que critica sua decisão de retirar as tropas da Síria, em um sinal de forte desconforto nas fileiras republicanas do presidente.
Esta emenda "expressa o sentimento do Senado de que os Estados Unidos estão atualmente enfrentando ameaças de grupos terroristas que operam na Síria e no Afeganistão e que uma retirada apressada dos Estados Unidos poderia colocar em risco os difíceis progressos feitos, bem como a segurança nacional".
Após a votação do Senado, por uma grande maioria de 68 contra 23, a emenda deve ser adicionada a um projeto de lei mais amplo sobre segurança no Oriente Médio.
Foi o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, quem apresentou a proposta.
"Minha emenda reconhece o claro fato de que a Al-Qaeda, o Estado Islâmico e suas afiliadas na Síria e no Afeganistão continuam a representar uma séria ameaça à nossa nação", disse McConnell, que raramente critica abertamente o presidente. revelar a proposta.
"Eu reconheço o perigo de uma retirada precipitada de qualquer um dos conflitos e destacaria a necessidade de um compromisso diplomático e soluções políticas para os conflitos na Síria e no Afeganistão", disse ele na época.
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Ampla oposição
Sem ter um impacto real na política, o voto representa ampla oposição, mesmo no próprio partido governista, a uma rápida retirada das tropas norte-americanas na Síria, anunciada por Trump em dezembro.
Na terça-feira, o chefe de inteligência dos EUA, Dan Coats, disse que o EI ainda tem "milhares" de combatentes e que pode reconstruir uma força se ainda houver um vácuo no país devastado pela guerra.
No dia seguinte, contudo, Trump discordou do desafio de sua posição, chamando seus chefes de inteligência de "extremamente passivos e ingênuos".