O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou dissipar nesta segunda-feira (7) os temores de uma retirada abrupta das tropas americanas da Síria e disse que esta será feita em um "ritmo adequado" e de forma "prudente".
"Deixaremos [a Síria] em um ritmo adequado, enquanto continuaremos lutando contra o [grupo extremista] Estado Islâmico e fazendo tudo o que for prudente e necessário!", tuitou o presidente.
Trump esteve no centro das críticas dentro e fora de seu país por ter dito que acreditava que o EI tinha desaparecido e que queria que as tropas americanas deixassem a Síria de imediato.
As novas declarações do presidente foram feitas depois de uma viagem de seu assessor de Segurança Nacional, John Bolton, a Israel, onde disse nesse domingo (6) ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que a retirada não ocorrerá até que o Estado Islâmico "esteja derrotado e não possa se recompor".
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Estas afirmações se seguiram à tempestade diplomática provocada pelo surpreendente anúncio de Trump em 19 de dezembro que apontava a uma retirada imediata da Síria, onde 2.000 homens americanos desempenham um papel importante no apoio às forças locais na luta contra o EI.
"Vencemos o Estado Islâmico", disse na ocasião. "Recuperamos o território e agora é hora de que nossas tropas voltem para casa", assegurou.
Aliados como o Reino Unido e a França advertiram que o EI não estava derrotado e surgiram dúvidas também sobre o futuro dos grupos curdos que combateram o grupo extremista junto com os Estados Unidos na Síria, mas agora poderiam se tornar alvo de ataques a partir da Turquia.
O anúncio da retirada também provocou forte oposição dentro do Partido Republicano e a renúncia do secretário da Defesa, James Mattis.
Em seus tuítes nessa segunda-feira, Trump se queixou de que os meios de comunicação distorceram suas palavras e assegurou que sua postura atual sobre a Síria "não é muito diferente" à sua declaração original.