AMÉRICA LATINA

Militares venezuelanos desertam depois de atravessar fronteira com a Colômbia

As patentes dos quatro militares desertores não foram divulgadas

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Publicado em 23/02/2019 às 11:55
Foto: Schneyder Mendoza / AFP
As patentes dos quatro militares desertores não foram divulgadas - FOTO: Foto: Schneyder Mendoza / AFP
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Quatro militares venezuelanos desertaram neste sábado depois de atravessar duas pontes na fronteira com a Colômbia, fechadas por ordem do governo de Nicolás Maduro ante o anúncio de entrada de ajuda no país, informaram as autoridades colombianas.

Três militares que estavam em um tanque derrubaram uma das cercas de segurança da ponte Simón Bolívar, na cidade colombiana de Cúcuta, informou um oficial do serviço de migração da Colômbia. 

Durante a ação, uma mulher que estava perto da fronteira ficou ferida, segundo as mesmas fontes.

Em um comunicado à imprensa, a autoridade migratória afirmou que os militares "desertaram da ditadura de Nicolás Maduro". A patente dos militares não foi divulgada.

Os membros da Guarda Nacional Bolivariana entraram no território colombiano, enquanto o veículo ficou do lado venezuelano, de onde foi retirado por militares. 

O serviço de migração da Colômbia também informou que um sargento da Guarda desertou depois de atravessar outra ponte que liga Cúcuta à Venezuela.

Fechamento da fronteira

Na sexta-feira, o governo de Maduro anunciou o fechamento da fronteira pelo estado de Táchira (oeste).

A medida impede a passagem pelas pontes Simón Bolívar - a passagem binacional de pedestres mais importante -, na cidade de San Antonio, La Unión, em Boca de Grita, e Santander, em Ureña.

Uma quarta ponte que liga Táchira ao departamento de Norte de Santander (Colômbia), a de Tienditas, também localizada em Ureña - limítrofe com Cúcuta -, está bloqueada com contêineres e outros obstáculos desde o início do mês.

Liderada por Juan Guaidó, a oposição venezuelana tenta neste sábado que alimentos e medicamentos armazenados na Colômbia superem as barreiras na fronteira impostas por Maduro, que considera que a assistência humanitária um pretexto para uma intervenção militar americana.

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