A Boeing realizou voos de teste de seu 737 MAX para avaliar uma reparação do sistema apontado como causa potencial de dois acidentes aéreos mortais recentes, disseram nesta terça fontes próximas ao caso.
A gigante da aviação, que desde 13 de março ficou sob escrutínio e teve seus emblemáticos aviões impedidos de voar, testou a atualização do sistema na segunda, dois dias após pilotos da American Airlines fazerem voos de simulação em Renton, Washington, disseram as fontes.
A Boeing precisa de autorização da Administração Federal de Aviação (FAA) antes de o MAX poder voltar à ativa. Mas a companhia ainda não apresentou seu conserto de software proposto à FAA, disse uma fonte do governo à AFP.
O avião foi mantido parado em todo o mundo após os acidentes da Ethiopian Airlines no início deste mês e o da Lion Air em outubro, com um total de 346 pessoas mortas.
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Sistema de estabilização problemático
Os engenheiros se concentraram em resolver os problemas com o MCAS, um sistema de estabilização projetado para equilibrar a ponta do 737 MAX 8, caso esteja em risco de paralisação ou perda de sustentação.
O sistema tem sido criticado porque pode funcionar mal e dificultar o controle da aeronave pelos pilotos. Ambos os acidentes recentes ocorreram momentos após a decolagem.
O MCAS, ou Sistema de Aumento das Características de Manobra, foi instalado no MAX porque é ele mais pesado que a versão anterior do 737.
Um porta-voz da Boeing disse que a empresa está em contato contínuo com os reguladores da atividade aérea local, mas se recusou a fazer comentários.