Repercussão

Líderes mundiais reagem à rebelião de militares na Venezuela

O governo brasileiro manifestou apoio a Juan Guaidó

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Publicado em 30/04/2019 às 15:40
MATIAS DELACROIX / AFP
O governo brasileiro manifestou apoio a Juan Guaidó - FOTO: MATIAS DELACROIX / AFP
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A rebelião na madrugada desta terça-feira de um grupo de militares venezuelanos em apoio ao líder opositor Juan Guaidó teve repercussão ao redor do mundo.

Estados Unidos

Washington, que lidera a pressão internacional pela saída do presidente Nicolás Maduro do poder, imediatamente expressou apoio ao levante militar.

"Hoje o presidente interino Juan Guaidó anunciou o início da Operação Liberdade. O governo dos Estados Unidos apoia completamente os venezuelanos em sua busca pela liberdade e a democracia", escreveu no Twitter o chefe da diplomacia, Mike Pompeo.

Luis Almagro, OEA

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, um dos primeiros a tornar público o seu apoio a Guiadó, escreveu no Twitter: "Saudamos a adesão dos militares à Constituição e ao Presidente encarregado da #Venezuela @jguaido. É necessário o pleno apoio ao processo de transição democrática de forma pacífica".

Colômbia

O presidente colombiano, Iván Duque, pediu aos militares na Venezuela que se unam a Guaidó: "Lançamos um chamado aos militares e ao povo da #Venezuela para que se coloquem do lado certo da história, rejeitando a ditadura e a usurpação de Maduro", escreveu no Twitter.

Grupo de Lima

O governo colombiano convocou uma reunião de emergência do grupo de 14 países que se opõe a Maduro e em apoio a Guaidó em busca de uma "solução pacífica" para a crise venezuelana.

"Apoiamos plenamente o presidente interino @jguaido em sua luta para recuperar a democracia na Venezuela. O regime usurpador e ditatorial de (Nicolás) Maduro deve chegar ao fim", disse a chancelaria do Peru, país que promove o bloco, logo após a solicitação da Colômbia.

Cuba

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, rejeitou a revolta contra seu aliado socialista, o presidente Nicolás Maduro, ao qual reiterou seu "firme apoio". 

"Rejeitamos este movimento golpista que pretende encher o país de violência", escreveu o governante cubano no Twitter.

Bolívia

O presidente dea Bolívia, Evo Morales, condenou "energicamente" o que chamou de "tentativa de golpe de Estado na #Venezuela, por parte da direita submissa aos interesses estrangeiros", escreveu no  Twitter.

Morales chamou os "governos da #AméricaLatina que condenem o golpe de Estado na #Venezuela e impeçam que a violência tire vidas de inocentes". E acrescentou: "Seria um nefasto antecedente deixar que a intromissão golpista se instale na região. O diálogo e a paz devem se impor sobre o golpe".

Brasil

O presidente Jair Bolsonaro manifestou o apoio do Brasil "ao processo de transição democrática" na Venezuela.

"O Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processa no país vizinho. O Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos", escreveu no Twitter.

Chile

"Reiteramos nosso total apoio ao Pdte Guaidó e à democracia na Venezuela. A ditadura de Maduro deve terminar pela força pacífica, e dentro da Constituição, do povo venezuelano. Assim serão restabelecidas as liberdades, a democracia, os direitos Humanos e o progresso na #Venezuela", tuitou o presidente chileno, Sebastián Piñera.

México

O governo mexicano "manifesta sua preocupação com a possível escalada de violência e derramamento de sangue que pode ocorrer", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado, reiterando seu desejo de encontrar "uma solução pacífica, democrática e mediante o diálogo para essa crise", indicando que está em contato com 16 países que compõem o Mecanismo de Montevidéu para a busca de uma rota comum.

Equador

O Equador reitera "seu firme apoio ao presidente Juan Guaidó nos momentos difíceis vividos na Venezuela" e pediu "uma saída de transição, em paz e sem derramamento de sangue", tuitou o chanceler José Valencia.

Paraguai

Mario Abdo, presidente do Paraguai, escreveu: "Valente povo da Venezuela! Chegou a sua hora!"

Argentina

O presidente Mauricio Macri disse que a Argentina desconhece "a autoridade do ditador Maduro" e desejou "que este seja o momento decisivo para recuperar a democracia" e "que a longa angústia que levou ao sofrimento e ao medo dos venezuelanos chegue ao fim".

Rússia

A Rússia acusou a oposição de alimentar o conflito na Venezuela e apelou que se estabeleçam negociações para evitar um banho de sangue. "A oposição radical na Venezuela voltou a utilizar de novo métodos duros de confrontação" que costumam "alimentar" o conflito, criticou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.

Espanha

"Desejamps com toda a nossa força que não haja derramamento de sangue", disse Isabel Celáa, porta-voz do governo de Pedro Sánchez, que reconhece Guaidó como presidente encarregado do país.

A porta-voz insistiu que "a solução para a Venezuela tem que partir das mãos de um movimento pacífico, de eleições democráticas. Portanto, a Espanha não apoia nenhum golpe militar", acrescentou.

Turquia

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan condenou a "tentativa de golpe" na Venezuela.

"Como país que lutou contra golpes de Estado e que experimentou as consequências negativas causadas por golpes, condenamos a tentativa de golpe na Venezuela" disse Erdogan, aliado do presidente Nicolás Maduro, pelo Twitter.

Itália

Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro e homem forte do governo da Itália - um dos poucos países europeus que não reconhece Guaidó como presidente interino -, pediu o "afastamento do ditador Maduro" da Venezuela assim como uma "solução pacífica e não violenta da crise que leve a eleições livres".

Reino Unido

O governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, que também reconhece a presidência interina de Guaidó, pediu uma "solução pacífica" para a crise.

"Nosso foco está numa resolução pacífica da crise e na restauração da democracia venezuelana. Os venezuelanos merecem um futuro melhor, eles sofreram o suficiente e o regime de Maduro deve acabar", disse o porta-voz de May.

Canadá

O Canadá pediu que se "garanta a segurança" de Guaidó e do opositor Leopoldo López, que deixou sua prisão domiciliar e apareceu reforçando os pedidos para que se tomem as ruas. 

"Os venezuelanos que apoiam pacificamente o presidente interino Guaidó devem fazer isso sem temor de intimidação ou de violência", disse a ministra das Relações Exteriores, Chrystia Freeland. 

ONU

O chefe da ONU, António Guterres, pediu para que se evite toda a violência na Venezuela e se restaure a calma, disse seu porta-voz nesta terça-feira. 

"O secretário-geral pede a todas as partes que exerçam o máximo de autocontrole, e a todos os envolvidos para evitar qualquer tipo de violência e que tomem medidas para restaurar a calma", disse Stephane Dujarric aos jornalistas. 

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