AMÉRICA LATINA

Esposa do opositor venezuelano Leopoldo López denuncia invasão a casa da família

'Entraram em nossa casa, como delinquentes, sem ordem de busca e sem a nossa presença', escreveu Lilian Tintori no Twitter

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Publicado em 02/05/2019 às 7:47
Foto: FEDERICO PARRA / AFP
'Entraram em nossa casa, como delinquentes, sem ordem de busca e sem a nossa presença', escreveu Lilian Tintori no Twitter - FOTO: Foto: FEDERICO PARRA / AFP
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A casa do líder opositor venezuelano Leopoldo López em Caracas foi invadida, denunciou sua esposa, Lilian Tintori, que se refugiou com o marido na embaixada da Espanha na terça-feira, após uma tentativa frustrada de rebelião militar contra o governo de Nicolás Maduro.

A ação policial aconteceu na terça-feira à noite, de acordo com Tintori. 

"Entraram em nossa casa, como delinquentes, sem ordem de busca e sem a nossa presença. Destruíram a casa e roubaram nossas coisas", escreveu no Twitter.

"Não sabemos qual era a intenção. Já sabiam que nem Leopoldo, eu, nem meus filhos estávamos em casa", completou Tintori, que publicou fotografias de livros, documentos e móveis jogados no chão.

Após a rebelião de um grupo de militares que liderou ao lado de Juan Guaidó - presidente do Parlamento reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por quase 50 países -, López seguiu com Tintori e um de seus três filhos para a embaixada da Espanha em Caracas, informou o chanceler chileno, Roberto Ampuero.

Refúgio

Em um primeiro momento, a família buscou refúgio na embaixada do Chile.

López foi libertado da prisão domiciliar por militares rebeldes na terça-feira e acompanhou Guaidó quando ele anunciou o início da rebelião em um vídeo na base aérea militar de La Carlota.

Tintori não explicou sua condição, depois de retornar à residência da família na zona leste da capital venezuelana.

"Eu vou arrumar minha casa, porque é o nosso lar (...). Se queriam nos amedrontar, aqui seguiremos de pé, firmes, como todos os venezuelanos", afirmou.

López, que cumpria desde 2014 uma pena por "incitação à violência" nos protestos que convocou naquele ano contra Maduro e que deixaram 43 mortos, não falou sobre a invasão.

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