Os protestos dessa quarta-feira (1º) na Venezuela levaram à morte de uma mulher, depois de, no dia anterior, ter morrido um jovem em Aragua. O segundo dia consecutivo de manifestações teria ainda deixado quase 50 pessoas feridas mas, de acordo com o Serviço Municipal de Saúde, todas estão fora de perigo. As manifestações poderão continuar nesta quinta (2).
Jurubith Rausseo, de 27 anos, morreu numa clínica depois de ter sido atingida na cabeça por uma bala durante os protestos. A informação é da organização não governamental Observatório Venezuelano de Conflito Social.
Leia Também
- ''Não vou fraquejar o pulso'', diz Maduro em meio a confrontos na Venezuela
- Guaidó convoca greve geral em mais um dia de protestos na Venezuela
- Militares e manifestantes da oposição se enfrentam na Venezuela
- Esposa do opositor venezuelano Leopoldo López denuncia invasão a casa da família
- Maduro: "Justiça busca responsáveis pelo golpe"
Juan Guaidó confirmou essa morte em sua página no Twitter. “Comprometo-me a fazer com que a morte de Jurubith Rausseo, de apenas 27 anos, numa sala de cirurgia, pese a quem decidiu disparar contra um povo que decidiu ser livre”, afirmou.
“Isso tem de parar, e os assassinos terão de ser responsabilizados pelos seus crimes. Dedicarei a minha vida a que assim seja”, acrescentou o autoproclamado presidente interino do país.
Crise
A Venezuela vive enorme tensão política desde janeiro deste ano, quando Maduro tomou posse de um novo mandato que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional. Guaidó se autoproclamou presidente de um governo interino, que conta com o apoio de mais de 50 países.
Paralelamente, o país sul-americano vive a pior crise econômica de sua história, o que gera protestos diários para denunciar a escassez severa de alimentos e remédios e a péssima prestação de serviços públicos.
*Com informações da RTP (emissora pública de televisão de Portugal) e da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)