50 ANOS

Veja os primeiros diálogos do homem na Lua

A missão que levou o primeiro homem a pisar na Lua completa 50 anos neste sábado (20)

JC Online
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Publicado em 20/07/2019 às 7:00
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FOTO: AFP
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No domingo de 20 de julho de 1969, às 23h56 do horário de Brasília, um novo termo foi criado: alunissar. Neil Armstrong teria seu nome gravado na história por ser o primeiro homem a pisar na lua, seguido por Buzz Aldrin, 20 minutos depois. A missão Apollo 11 trazia prestígio aos Estados Unidos em meio à Guerra Fria contra a União Soviética.

A alunissagem era transmitida ao vivo mundialmente pela televisão, quando Armstrong, o único chefe a bordo, anunciou repentinamente que sairia do LEM (módulo lunar) cinco horas antes do que o previsto. Nesse momento, começa o relato histórico da descida e dos primeiros passos na Lua.

Os astronautas iniciam seus preparativos de saída. Põem seu capacete de viseira dupla, calçam as botas, colocam luvas especiais reforçadas, seu equipamento de proteção e verificam se os sistemas de pressurização funcionam corretamente. Também verificam a comunicação por rádio e a alimentação de oxigênio.

"Grande passo"

Às 23h56 do horário de Brasília, Armstrong pousa seu pé esquerdo na Lua e declara as primeiras palavras do homem na superfície da Lua: "é um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade".

"Meu pé não afunda mais do que um oitavo de polegada... Não parece que haja complicações para caminhar. Não, absolutamente nenhuma dificuldade para me deslocar", exclama Armstrong, surpreso, dando seus primeiros passos. Me parece que é mais fácil do que durante a simulação da gravidade lunar. É muito interessante. A superfície é muito suave, em geral, mas há lugares mais duros. O solo tem uma grande coesão".

O conquistador coleta um pouco de poeira da Lua na escada do módulo, com uma espécie de pá.

Na sequência, levanta sua carga, fecha a rede hermeticamente e lança o cabo, que será o primeiro lixo terrestre deixado em solo lunar depois que os astronautas tiverem ido embora. A poeira é guardada, às cegas, guiado por Aldrin que, do alto da plataforma de saída do LEM observa todos os seus gestos.

São 23h15 e Armstrong já passou 19 minutos em solo lunar. Neste momento, seu companheiro, Edwin Aldrin, faz sua aparição na superfície da Lua, de um salto.

Visão do universo

Então, os dois homens, plantam a bandeira americana na Lua e depois leem em voz alta a inscrição gravada na placa fixada na fase de descida do LEM e que ficará na Lua: "Aqui, homens do planeta Terra deram seus primeiros passos sobre a Lua. Julho de 1969. Viemos em paz, por toda humanidade".

Armstrong instala a câmera em um tripé e, com isso, tem-se uma visão panorâmica: o módulo no fundo, uma infinidade de buracos minúsculos que projetam sombras em primeiro plano, e o horizonte, ao longe, cuja redondeza aparece de forma clara, uma verdadeira linha de demarcação entre a superfície resplandecente da Lua sob a luz solar e o abismo negro do Universo.

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Missão que levou o primeiro homem a pisar na Lua completa 50 anos neste sábado (20) - AFP
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Nixon ao telefone

Às 23h49 a "Terra" anuncia que o presidente Richard Nixon está ao telefone. Imediatamente, a imagem na televisão se divide em duas partes iguais: à esquerda, vemos o presidente dos Estados Unidos lendo, da Casa Branca, uma mensagem ao telefone. À direita, os astronautas, imóveis, ouvem a voz que chega da Terra, a 380.000 quilômetros dali. "Este dia é o mais feliz de nossas vidas", afirma o presidente. "Graças a vocês, os céus se tornaram parte do nosso mundo".

"Obrigado, senhor presidente", responde Armstrong. "É uma grande honra e um grande privilégio para nós estar aqui".

A exploração chega a seu fim

Já são mais de duas horas e dez minutos desde que Armstrong saiu. Aldrin entra no módulo. Armstrong dá uma última olhada em seu redor, agarra-se às barras da escada, entra, fecha a escotilha. É 2h11, em Brasília. A exploração da Lua terminou.

"Aleluia!”

Às 14h55, Brasília, devem decolar da Lua para chegar à cabine de comando, onde continua gravitando a bordo, sozinho, seu companheiro Michael Collins. Eles foi uma das únicas pessoas que não conseguiram acompanhar o que acontecia pela televisão, sendo informado de tudo por rádio. Do alto, cuidava dos colegas e, quando lhe disseram que a expedição havia terminado com sucesso e que estavam sãos e salvos a bordo do LEM, manifestou sua alegria e seu alívio com uma única palavra: "Aleluia!".

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