O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, dia 1º, estar considerando uma quarentena ou um bloqueio contra a Venezuela em meio à pressão de seu governo para que Nicolás Maduro deixe o poder.
Trump não explicou quando ou como um bloqueio poderia ser imposto ao país. Até agora, seu governo tem mantido o foco em exercer pressão econômica e diplomática contra o presidente venezuelano e evita abordar qualquer tipo de ação militar. As declarações até agora vinham se limitando à resposta padrão "todas as opções estão sobre a mesa".
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Quando questionado por um repórter se ele estava considerando tal medida em razão do grande envolvimento da China e do Irã na Venezuela, Trump respondeu: "Sim, estou", sem dar detalhes. Os EUA e a maioria dos países ocidentais reconhecem o líder político opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Medidas diplomáticas
O governo Trump vem intensificando uma série de sanções contra a Venezuela para pressionar Maduro a renunciar. Mas autoridades dos EUA deixaram claro que estão concentradas em medidas econômicas e diplomáticas e não mostraram sinais significativos de assumir opções militares.
Os aliados latino-americanos de Washington também alertaram contra uma possível intervenção militar dos EUA. Rússia, China e Irã expressaram apoio a Maduro. Ainda nesta quinta, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) denunciou uma nova incursão aérea dos EUA na Venezuela e acusou Washington de querer criar um "incidente".
O governo Maduro denunciou no dia 22 que um avião espião americano fez uma incursão no espaço aéreo venezuelano, em meio à troca de acusações dos dois países por um episódio similar ocorrido no corredor aéreo da região de Maiquetía.
Três dias antes, segundo a versão do governo venezuelano, um caça Sukhoi SU-30, de fabricação russa, interceptou e expulsou dos céus da Venezuela uma aeronave americana.
El Aissami entra na lista de procurados
O ministro da Indústria e ex-vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, foi incluído na lista dos 10 fugitivos mais procurados pelo Serviço de Imigração dos EUA por narcotráfico. Aissami sofre sanções dos EUA desde 2017, acusado de articular e facilitar o narcotráfico. Ele também foi responsabilizado neste ano por viabilizar a atuação do Hezbollah na Venezuela.