Os cientistas estão um passo mais perto de uma cura para o ebola após terem descoberto que dois de quatro medicamentos utilizados em um ensaio clínico aumentaram significativamente as taxas de sobrevivência, disse nesta segunda-feira a autoridade de saúde dos Estados Unidos, que financia a pesquisa.
O estudo começou em novembro passado, na República Democrática do Congo, mas agora sua fase atual será interrompida e todos os futuros pacientes receberão os dois tratamentos que mostraram resultados positivos, disseram os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês) em um comunicado.
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''Os resultados preliminares em 499 participantes no estudo indicaram que as pessoas que receberam REGN-EB3 ou mAb114 [dois dos quatro medicamentos] apresentaram uma maior probabilidade de sobrevivência em comparação aos participantes que receberam os outros dois'', indicou.
Os pacientes que estavam recebendo os dois medicamentos que estão sendo descontinuados, ZMapp e remdesivir, agora terão a opção de receber os tratamentos que demonstraram funcionamento efetivo.
Os NIH acrescentaram que a análise final dos dados será feita no fim de setembro ou início de outubro, e que depois disso os resultados completos serão enviados para publicação em literatura médica revisada por pares.
Tanto os responsáveis americanos como as autoridades sanitárias da República Democrática do Congo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiaram a ''equipe extraordinária de pessoas que trabalharam em condições extremamente difíceis para realizar este estudo'', assim como os pacientes e suas famílias.
''É através deste tipo de pesquisa rigorosa e de rápida implementação que podemos identificar rápida e definitivamente os melhores tratamentos e incorporá-los à resposta ao surto de ebola'', disseram.
Mortes por causa da doença
Mais de 1.800 pessoas morreram no leste da República Democrática do Congo desde o início da epidemia de ebola, em agosto do ano passado.