O líder indígena Raoni, figura da luta contra o desmatamento da Amazônia, se reuniu nesta segunda-feira (26) à tarde com o presidente francês Emmanuel Macron, conforme anunciou em entrevista coletiva em Biarritz ao fim do G7.
''Falei com o presidente Macron sobre muitos temas e tivemos uma boa conversa'', disse. ''Pedi ao presidente Macron que nos ajude a preservar nossas terras''.
''Ele vai convencer os chefes de Estado a ajudarem a Amazônia com os incêndios e o estado crítico da floresta'', acrescentou o cacique caiapó, de 89 anos.
Leia Também
- Mexicanos tomam a 'faraônica' casa presidencial que López Obrador rejeitou
- Líder indígena Raoni chega à Europa para defender a Amazônia
- Papa Francisco recebe cacique Raoni em audiência privada
- Raoni Carneiro fala sobre emoção de dirigir turnê de Sandy e Junior
- Raoni Carneiro elogia público de Recife na turnê 'Nossa História'
Promessa
Reunido em Biarritz, sudoeste da França, o G7 prometeu, na segunda-feira (26), uma ajuda de 20 milhões de dólares e o envio de aviões-tanque para combater os incêndios na Amazônia.
Além disso, o G7 acordou um plano de ajuda destinado ao reflorestamento, que será apresentado na Assembleia Geral da ONU, no fim de setembro.
''As florestas e as terras do Brasil ajudam todo o planeta a viver'', informou Raoni Metuktire, defensor incansável dos direitos das comunidades indígenas.
De acordo com o cacique, o presidente Jair Bolsonaro ''incitou agricultores e empresas mineradoras a incendiarem a Amazônia''.
Na sexta-feira (23), em entrevista, Raoni pediu ajuda da comunidade internacional para fazer pressão e ''tirar o Bolsonaro''.
Em 7 de setembro, Raoni participará no Climax, reunião alternativa em Bordeaux, na França, com foco na Floresta Amazônica.