ARGENTINA

Macri lança medidas de controle de câmbio na Argentina para acalmar mercados

As medidas de controle lançadas pelo presidente Mauricio Macri ficam em vigor até dia 31 de dezembro deste ano

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Publicado em 01/09/2019 às 19:03
Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFP
As medidas de controle lançadas pelo presidente Mauricio Macri ficam em vigor até dia 31 de dezembro deste ano - FOTO: Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFP
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O governo de Mauricio Macri ordenou que as empresas exportadoras peçam permissão ao Banco Central da Argentina para comprar divisas, segundo um decreto publicado neste domingo no Diário Oficial.

As medidas de controle cambial ficam em vigor até 31 de dezembro deste ano e são lançadas após uma semana de incerteza e forte desvalorização da moeda argentina.

Além disso, as transferências para o exterior exigirão autorização prévia da autoridade monetária e também será estabelecido um limite de compra de US$ 10.000 por mês para pessoas físicas. 

Por outro lado, não haverá restrição para a extração de dólares dos poupadores, uma medida conhecida como "corralito" (ou cercadinho), aplicada no fim de 2001 que desencadeou a pior crise econômica e política da história da Argentina. 

Em outro ponto, o pagamento de certos impostos também é autorizado com títulos de dívida pública de curto prazo que foram reestruturados na semana passada. 

Decreto

"Dados os recentes eventos econômico-financeiros e a incerteza gerada no âmbito do processo eleitoral, é necessário adotar medidas temporárias e urgentes para regular o regime de câmbio com maior intensidade e fortalecer o funcionamento normal da economia", explica o decreto presidencial.

De acordo com os fundamentos, busca "contribuir para uma administração prudente do mercado de câmbio, reduzir a volatilidade das variáveis financeiras e conter o impacto das flutuações nos fluxos financeiros na economia real". 

Na Argentina, que está em recessão desde o ano passado, o desemprego atingiu 10,1% e a pobreza atinge 32%, segundo dados oficiais. 

O governo do liberal Macri, cujo primeiro mandato termina em 10 de dezembro, impõe medidas de controle cambial, às quais ele resistiu e tinha eliminado após assumir em 10 de dezembro de 2015. 

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