Votação

Câmara aprova impeachment de Donald Trump; decisão caberá ao Senado

Trump tornou-se o terceiro presidente norte-americano, em toda história, a sofrer impeachment

JC Online
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Publicado em 18/12/2019 às 22:25
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FOTO: AFP
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Atualizada às 23h00

Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, controlada pelos democratas, aprovou nesta quarta-feira (18) o impeachment do presidente Donald Trump por abuso de poder e obstrução ao Congresso. As duas acusações foram aprovadas por maioria simples.  Agora, o processo segue para o Senado, onde o partido dele tem maioria. Enquanto o julgamento, previsto para janeiro, não acontece, o republicano permanecerá no cargo.

A reação de Donald Trump

Trump reagiu acusando os democratas de tentar "anular" sua vitória nas urnas, durante um comício em Michigan. "Estão consumidos pelo ódio" e "tentarão anular os votos de dez milhões de patriotas americanos".

Com a aprovação do impeachment pela Câmara, Trump se tornou o terceiro presidente da história americana a ser impugnado pela Casa. Antes dele, Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1999, acabaram absolvidos pelo Senado. Espera-se que o mesmo aconteça com Trump, já que os republicanos são maioria na Casa.

O Senado tem 100 congressistas, dos quais 53 são republicanos, 45, democratas e dois, independentes. Para que Trump perca o mandato, é preciso que um terço dos senadores - 67 - vote a favor do impeachment.

Os deputados votaram pela impugnação com base em dois artigos: abuso de poder e obstrução da investigação no Congresso.

O relatório final sobre o impeachment de Trump diz que o presidente "traiu o cargo" ao pressionar a Ucrânia para investigar adversários políticos em benefício próprio e que os supostos crimes praticados pelo presidente "colocam o país em risco".

No discurso que abriu a votação, o presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, Adam Schiff, disse que Trump "sacrificou a segurança nacional em um esforço para trapacear nas próximas eleições", o que justificaria a impugnação.

Segundo a deputada democrata Carolyn Maloney, de Nova York, as acusações contra Trump "são piores daquelas contra Nixon", presidente que chegou a ser acusado, mas renunciou antes que o processo fosse votado pela Câmara, em 1974.

O deputado republicano Barry Loudermilk, da Georgia, chocou diversos colegas ao comparar o inquérito do impeachment ao julgamento de Jesus, dizendo que Cristo teve mais direitos antes de sua crucificação do que Trump.

AFP
Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP
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Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP
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Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP
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Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP
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Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP
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Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP
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Enquanto impeachment era votado, Trump discursava em Michigan, diante de apoiadores. Houve protestos - AFP

História de impeachment nos EUA

Em toda a história dos Estados Unidos, apenas dois presidentes foram julgados. Em 1868, Andrew Johnson; e Bill Clinton, em 1998; passaram pelo mesmo processo, mas ambos permaneceram no cargo. Já o republicado Richard Nixon, em 1974, envolvido no escândalo do Caso Watergate, renunciou antes de passar pelo processo de impeachment.

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