O Parlamento de Hong Kong viveu novamente nesta quarta-feira (19) cenas de caos, quando os partidários de Pequim impediram dois deputados independentistas de prestar juramento.
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O clima de tensão é evidente na antiga colônia britânica, onde muitos habitantes têm a impressão de que Pequim está reforçando sua influência.
China
As eleições legislativas de setembro levaram à eleição de alguns deputados que pedem uma maior autonomia ou a independência da China, dois anos depois das grandes manifestações pró-democracia.
Hong Kong goza de uma semiautonomia em virtude do princípio "Um país, dois sistemas" instaurado durante a entrega do território a Pequim, em 1997.
Na semana passada, durante a inauguração do Conselho Legislativo (LegCo, Parlamento), o juramento de dois novos deputados independentistas, Yau Wai-ching e Baggio Leung, foi rejeitado porque eles seguravam bandeiras que proclamavam "Hong Kong não é China".
O juramento estipula que Hong Kong é uma região administrativa especial da China.
Os dois deputados também se negaram a pronunciar corretamente a palavra China. Yau foi ouvida fazendo um jogo de palavras vulgar às custas de Pequim.
Finalmente, foram autorizados a prestar juramento novamente nesta quarta-feira, mas quando chegou o momento os partidários de Pequim abandonaram o LegCo.
Sua saída levou à suspensão da sessão por falta de quórum, gerando uma briga entre partidários e opositores de Pequim ante o Parlamento.
Os primeiros pediam aos dois deputados que se desculpassem por seu comportamento na semana anterior, algo que os interessados se negaram a fazer.
"Temos um mandato do povo para entrar no LegCo", declarou Baggio, enquanto os pró-Pequim gritavam "Desculpem-se!" e pisavam em seus retratos.