ÓBITOS

Editorial: Número de mortes por arboviroses em Pernambuco é preocupante

O Estado tem dez mortes por arboviroses confirmadas neste ano e outros 45 óbitos notificados estão sendo investigados

JC Online
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Publicado em 21/11/2019 às 9:45
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O Estado tem dez mortes por arboviroses confirmadas neste ano e outros 45 óbitos notificados estão sendo investigados - FOTO: Foto: Pixabay
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Pernambuco tem dez mortes por arboviroses confirmadas neste ano – nove por dengue, uma por chicungunha – e outros 45 óbitos notificados estão sendo investigados. São números preocupantes que explicam a atenção redobrada da Secretaria de Saúde do Estado e a convocação do Ministério da Saúde para que a população continue de forma permanente mobilizada para combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha. O alerta tem a ver, inclusive, com período do verão, mais propício à proliferação do Aedes aegypti, época de maior risco de infecção por essas doenças. No entanto, a recomendação do Ministério é não descuidar nenhum dia do ano e manter todas as posturas possíveis em ação para prevenir focos.

O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo mosquito transmissor, em setembro, demonstrou que o Recife está em situação de alerta. O índice funciona como um termômetro para identificar como está o risco de surto de dengue, chicungunha e zika. Na cidade estão com índice elevado, maior do que 4% (indica um risco muito alto de surto), os bairros de Água Fria, Campina do Barreto, Dois Unidos, Estância, Brejo de Beberibe, Nova Descoberta, Cohab e Jordão – que tem o maior índice, de 6,4% (a cada 100 imóveis, algum tipo de criadouro foi encontrado em 6,4% deles). O outro município da Região Metropolitana do Recife que tem morte confirmada por arboviroses é Jaboatão dos Guararapes, onde faleceu um homem de 44 anos em julho deste ano. Outras quatro cidades da relação de óbitos estão no Agreste: Bom Conselho, Buíque, Cupira e Panelas. O único município do Sertão onde foi confirmada morte por arbovirose é Petrolina.

'Postura possíveis'

As “posturas possíveis” recomendadas pelo Ministério da Saúde parecem ser muitas, mas todas estão ao alcance de qualquer pessoa, em qualquer das áreas identificadas, como manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água; lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água; remover galhos e folhas de calhas; não deixar água acumulada sobre a laje; encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana; trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; fazer sempre manutenção de piscinas; tampar ralos; colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento; não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas; vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente; limpar sempre a bandeja do ar condicionado; lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água; catar sacos plásticos e lixo do quintal.

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