A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, participou nesta quinta-feira (28) de ato da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que oficializou apoio à sua candidatura. Dilma recebeu uma lista com 13 reivindicações da Contag para um eventual segundo mandato e se comprometeu a manter e ampliar políticas de apoio aos trabalhadores rurais e agricultores familiares.
Dilma criticou adversários que defendem a redução do número de ministérios, com o fechamento, entre outros, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e disse que pretende fortalecer a pasta e outras instituições do setor, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a recém-criada Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
“Eles (os adversários) acham que o MDA não tem nada de diferente do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Essa é a posição deles, mas não é a nossa. Sabemos o que foi a parceria e o diálogo com os agricultores familiares, os sem-terra, os trabalhadores rurais e sabemos o quanto evoluiu nossa política por conta desse ministério”, avaliou.
A candidata também prometeu aumentar o número de moradias no campo na nova etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida e ampliar políticas de crédito e assistência para a agricultura familiar, além de estimular o cooperativismo e fortalecer a reforma agrária. Dilma reconheceu que a atual política de assentamentos “não é perfeita”.
“A reforma agrária não é perfeita, é cheia de falhas que cada vez mais vamos ter que preencher. É fato que, junto com o governo do presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva), incorporamos 5 milhões de hectares de terras e estamos chegando a 100 mil famílias assentadas. Mas não é só distribuir terras. O assentado não pode ter só a distribuição de terra, não pode ficar abandonado à própria sorte ou às pressões do mercado”.
Recebida no evento com músicas da Marcha das Margaridas, movimento de mulheres camponesas ligado à Contag, Dilma destacou durante seu discurso políticas rurais voltadas para esse segmento. A candidata também disse que tem compromissos com o combate ao trabalho escravo e à violência no campo, principalmente por motivos fundiários e contra a mulher.
No discurso, Dilma voltou a dizer que alguns de seus adversários fazem uma campanha eleitoral baseada no medo e na desinformação e convocou os apoiadores a defender sua reeleição. Segundo Dilma, para governar o país, não se trata de ser uma “pessoa boa ou má”, mas de ter compromissos. “Para mim, os bons são os que têm compromisso com a distribuição de renda e a inclusão”, acrescentou a candidata, em entrevista após o evento. Ela também reafirmou sua intenção de manter, sem mudanças, a atual política de reajuste do salário mínimo.