A presidente Dilma Rousseff vai participar de uma caminhada em defesa do pré-sal, no Rio de Janeiro, em mais uma tentativa de criar um fato político para fazer um contraponto a Marina Silva (PSB), sua principal adversária. O comando da campanha pela reeleição negocia a participação dos quatro candidatos ao governo do Rio que integram a base aliada do governo Dilma e a ideia é que a caminhada ocorra no próximo dia 15.
Nesse mesmo dia está previsto, no Rio, um grande ato de artistas e intelectuais em apoio à reeleição de Dilma, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O comando da campanha petista faz de tudo para colar em Marina a pecha da candidata com propostas "inconsistentes", que não tratou o pré-sal como prioridade em sua plataforma de governo e planeja reduzir o papel dos bancos públicos, caso chegue ao Palácio do Planalto.
Além disso, Dilma vai destacar que projetos sociais podem ser afetados se o governo não usar os bancos públicos para subsidiar por exemplo, programas como o "Minha Casa Minha Vida", o "Luz Para Todos" e o Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Dilma quer reunir no Rio, na defesa do pré-sal, os candidatos Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR), Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB). Os quatro concorrem ao governo fluminense e integram partidos da base aliada do Palácio do Planalto.
Para desgastar Marina, a campanha de Dilma também pretende mostrar que ela é uma "contradição ambulante", como a ex-ministra do Meio Ambiente tem sido chamada no PT. O comitê da reeleição promete apresentar números para provar que a ministra do Meio Ambiente do governo Lula (2003-2008), não reduziu tanto o desmatamento quanto diz.
SUDESTE - Nos próximos dias, Dilma vai intensificar a campanha no Sudeste, principalmente em São Paulo e no Rio, onde Marina a ultrapassou nas intenções de voto, de acordo com a última pesquisa Ibope. Lula acompanhará a presidente em vários desses atos.
Reivindicada por deputados, prefeitos e coordenadores da campanha de Dilma em São Paulo, a plenária desta sexta-feira (5) com Lula, na capital paulista, pretende marcar uma ofensiva para neutralizar a ascensão de Marina no Estado e, de quebra, ajudar o candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha. Neste sábado (6), Dilma participará de um ato com mulheres, no centro de São Paulo (quadra sindical dos bancários) em apoio à sua reeleição.