A corregedora nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, elogiou nesta segunda-feira (6) o andamento do julgamento do mensalão. “O Supremo Tribunal Federal (STF) está dando um exemplo de organização. Está deixando que as coisas fluam dentro do cronograma, sem haver procrastinação. Eu vejo que está indo muito bem”, ressaltou ao abrir a inspeção de rotina no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Eliana também minimizou a discussão entre os ministros Joaquim Barbosa, relator do processo, e Ricardo Lewandowski, o revisor, no primeiro dia de julgamento. “Não é nada inusitado, são incidentes que podem acontecer em qualquer julgamento, principalmente um julgamento das dimensões do da Ação Penal 470”.
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Os ministros se desentenderam durante a votação do pedido de desmembramento da ação penal. A questão foi trazida pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, que defende o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado. Ele questionou o fato de todos os réus serem julgados pelo STF, quando apenas três deles têm essa prerrogativa. O pedido de divisão foi negado por 9 votos a 2.
A ministra voltou a dizer que apesar do STF não julgar de acordo com a opinião pública, a pressão social tende a ter reflexo na sentença. “O Supremo Tribunal Federal não julga por pressão das ruas. Mas, naturalmente, que há uma influência, diminuta, mas há uma influência. Isso porque a magistratura, mesmo a magistratura de cúpula sabe que o julgamento é para a sociedade brasileira”.