A coordenação da campanha de Marina Silva (PSB) avalia que o dado divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE sobre desigualdade social é mais um que corrobora o entendimento de que o governo de Dilma Rousseff (PT) tem falhado tanto na frente econômica como na social. "Se não se mantêm os parâmetros econômicos, os sociais sentem. Uma coisa puxa a outra, não tem jeito", disse o coordenador geral da campanha Walter Feldman ao Broadcast Político.
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Segundo Feldman, Marina já tem feito a análise, assim como fazia Eduardo Campos, de que o governo Dilma paralisou os avanços sociais que vinham sendo alcançados ao longo do governo do ex-presidente Lula. "Há uma tendência de retrocesso que é dramática. Falta estrutura política também para dar continuidade aos avanços econômicos e sociais", afirmou.
Feldman disse que a presidente Dilma deixou, em seus quatro anos de mandato, um quadro muito deteriorado. "Ela é a primeira presidente que produz um retrocesso do que a sociedade vinha conquistando em anos anteriores", completou.
Embora a renda do trabalho tenha crescimento acima da inflação pelo nono ano consecutivo em 2013, a desigualdade parou de cair no País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada IBGE. O índice de Gini, que mede a concentração de renda, piorou de 0,496 para 0,498 (quanto mais perto de zero, menor a desigualdade), voltando ao patamar de 2011 e interrompendo uma trajetória de melhora no indicador que vinha desde 2001. O IBGE considerou que o quadro de desigualdade no País é de estagnação de 2011 para cá.