ARRUMAÇÃO

Fusão com PPS é descartada pelo presidente do PSB

Carlos Siqueira diz que não é o momento de discutir o assunto

Do JC Online
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Publicado em 04/11/2014 às 8:05
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Carlos Siqueira diz que não é o momento de discutir o assunto - FOTO: Divulgação
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Depois de ensaiar uma possível fusão com o PPS, o PSB decidiu voltar atrás. Diante de um cenário de incerteza para a legenda, os socialistas desistiram dos planos de ampliar o partido. Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que não há previsão para retomar a discussão sobre o assunto. Siqueira defende que no momento a legenda deve priorizar outras pendências. A sigla passa por um momento de arrumação. Depois de tentar a presidência da República, os socialistas devem definir que posição tomar em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). 

“A questão da fusão não está em pauta. Primeiro precisamos acertar o nosso passo interno, tratar de estabelecer a posição do partido. Este não é o momento para fusão”, disse Carlos Siqueira. As tratativas sobre a junção do PSB e PPS foram feitas ainda no comando do ex-governador Eduardo Campos como dirigente nacional. Depois da morte de Eduardo, o assunto esfriou e voltou a ser discutido após a derrota de Marina Silva (PSB) no primeiro turno. 

A intenção dos dois partidos era formar um grupo maior, que poderia ter mais força no Congresso Nacional. O PSB fez 34 deputados federais eleitos. O PPS tem dez parlamentares. Com a junção das duas legendas, o grupo se tornaria a quarta maior bancada da Câmara Federal - atrás do PT, PMDB e PSDB. Com o novo quadro vivenciado pelo PSB, o maior desafio da legenda é decidir qual o rumo vai tomar após a vitória do ex-aliado PT. 

Presidente nacional do PPS, o deputado Roberto Freire disse que ainda não estava sabendo a desistência dos socialistas. “A informação que tenho é que ainda vão avaliar isso e que alguns membros admitem essa discussão”, comentou. 

Diante do novo cenário, o parlamentar afirmou que existe a possibilidade de discutir a formação de um bloco parlamentar ou de uma federação partidária. Ou seja, os dois partidos poderiam se unir e garantir a autonomia de cada legenda. Roberto Freire atribuiu a decisão dos socialistas ao entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que a fusão de legendas não significa a criação de um novo partido. Esse fato inviabilizaria a migração de parlamentares filiados a outras siglas para a agremiação. 

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