Comando da Petrobras

Troca do comando da Petrobras é decisão do Executivo, diz Temer

O procurador-geral da República sugeriu a troca da atual diretoria

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Publicado em 10/12/2014 às 19:07
Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
O procurador-geral da República sugeriu a troca da atual diretoria - FOTO: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
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O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (10) que cabe ao Poder Executivo a decisão de manter ou de substituir o comando da Petrobras e ressaltou que, até o momento, não há evidências sobre a responsabilidade da presidente da empresa estatal, Graça Foster, pelo esquema de corrupção.

Nas mais duras críticas feitas à administração da Petrobras desde o escândalo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugeriu na terça-feira (9) a troca da atual diretoria da empresa estatal.

Graça Foster, amiga da presidente Dilma Rousseff, era diretora de gás e energia da Petrobras na época em que o esquema de corrupção atuou, mas as investigações não apontaram até agora nada que envolva seu nome com desvios ou irregularidades.

"É obrigação dele [Rodrigo Janot] agir com firmeza, mas apenas faço uma observação em relação à sugestão de demitir todo mundo. Primeiro, é uma decisão do Poder Executivo. Ele pode levar em consideração uma opinião do procurador-geral, mas eu acho que, pelo menos até agora, o que tem sido dito é que não há responsabilidade da presidente Graça Foster", disse.

Em almoço-debate promovido na capital paulista pelo Grupo de Líderes Empresariais, Lide, o vice-presidente concordou com a afirmação do procurador-geral sobre a necessidade de se agir com firmeza na apuração do esquema de corrupção. Ele defendeu, contudo, que seja respeitada a presunção de inocência.

"Eu até estranharia se o procurador-geral não agisse com firmeza. O que ele está dizendo é com a firmeza que a Constituição Nacional e a legislação determinam", afirmou. "Com firmeza, não significa agir fora dos limites da lei", acrescentou.

PLANILHAS

O vice-presidente afirmou serem "inteiramente falsas" planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da construtora Camargo Corrêa, em São Paulo, que continham seu nome.

Nos documentos, havia duas menções a Michel Temer. Ao lado de seu nome, foram feitas referências às cidades de Araçatuba e Praia Grande e ao valor de US$ 40 mil.

"Não vou dizer que fico enojado, porque seria muito grave, mas é absolutamente falso. Elas citam deputados de uma época em que eu nem era deputado. E é curioso que meu nome esteja grafado de maneira errada. Jamais tive qualquer emenda parlamentar para as duas cidades, como está dito lá", disse.

O vice-presidente afirmou ainda que a reforma ministerial, promovida pela presidente para seu segundo mandato, será concluída antes da posse.

 

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