O advogado de defesa dos diretores da empresa Arxo, presos na quinta-feira (5) na nona fase da Operação Lava Jato, disse que as acusações decorrem de vingança de uma ex-funcionária do departamento financeiro, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão. Ela teria envolvido os dirigentes da empresa com o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras.
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De acordo com o Ministério Público Federal três executivos são acusados de pagar propina para obter contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Com sede em Santa Catarina, a empresa fabrica tanques de combustíveis e caminhões-tanque.
Segundo o advogado Leonardo Pereima, os sócios da empresa nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e com o ex-diretor de Serviços Renato Duque.
"Aproximadamente três meses atrás foi que a Arxo descobriu que a funcionaria desviava dinheiro da empresa. Imediatamente ela foi demitida e os advogados estão tomando medidas contra essa funcionária", disse.
Na quinta-feira (5), foram presos no município catarinense de Itajaí Gilson Pereira, sócio da empresa, e Sérgio Ambrósio, diretor financeiro. Outro sócio da empresa, João Gualberto Pereira teve mandado de prisão expedido pela Justiça, mas estava nos Estados Unidos. Segundo a defesa, ele deve se apresentar na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba no final da tarde. Pereira não é considerado foragido.