Gastos

Brasil prepara 'novo ciclo de crescimento', diz Levy

O ministro da Fazenda assegurou que as autoridades brasileiras não esperam "ter problemas sérios para fazer os ajustes necessários" e defendeu os gastos públicos das receitas "do bônus das commodities" nos últimos anos

Da AFP
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Publicado em 18/02/2015 às 14:31
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil (19/01/2015)
O ministro da Fazenda assegurou que as autoridades brasileiras não esperam "ter problemas sérios para fazer os ajustes necessários" e defendeu os gastos públicos das receitas "do bônus das commodities" nos últimos anos - FOTO: Foto: Wilson Dias / Agência Brasil (19/01/2015)
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O ministro da Fazenda Joaquim Levy declarou nesta quarta-feira em Nova York que o Brasil já está aplicando os ajustes e reformas necessários para iniciar um "novo ciclo de crescimento" após o fim do boom das commodities.

"Estamos lançando as bases para um novo ciclo de crescimento. O ciclo das matérias-primas acabou", disse Levy ao apresentar as perspectivas econômicas do Brasil no Conselho das Américas, com sede em Manhattan.

"Se você tem a casa em ordem, o setor privado encontrará novas oportunidades e voltaremos ao crescimento", acrescentou o economista de 54 anos que substituiu Guido Mantega no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

O ministro assegurou que as autoridades brasileiras não esperam "ter problemas sérios para fazer os ajustes necessários" e defendeu os gastos públicos das receitas "do bônus das commodities" nos últimos anos.

"Não gastamos de maneira inadequada os bônus das matérias-primas. A maior parte utilizamos para melhorar a educação, transformar a sociedade", afirmou Levy.

Entre as principais mudanças registradas no Brasil na última década, Levy destacou o crescimento do número de estudantes universitários, que aumentou 60% entre 2006 e 2014.

Mas depois de um crescimento sustentado desde o início da década de 2000, a maior economia da América Latina registrou uma estagnação em 2014 e prevê um crescimento de apenas 0,5% em 2015, muito abaixo dos 7,5% alcançados em 2010.

A este respeito, o ministro citou o problema das contas públicas, com o primeiro déficit comercial em 14 anos e a necessidade de cortar custos ante o baixo crescimento da economia.

"Não quero dizer que não devemos nos preocupar com a situação fiscal no Brasil", admitiu, afirmando, porém, que estão sendo adotadas medidas para controlar os gastos como, por exemplo, a recente limitação dos gastos discricionários dos organismos federais.

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