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Cunha vai de surpresa à CPI da Petrobras e diz que está à disposição para depor

A atitude do presidente ocorreu por causa de suposições de que seu nome consta da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal

Da ABr
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Publicado em 05/03/2015 às 14:49
Foto: J.Batista / Câmara dos Deputados
A atitude do presidente ocorreu por causa de suposições de que seu nome consta da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal - FOTO: Foto: J.Batista / Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (5) que está à disposição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para prestar quaisquer esclarecimentos.

“Em razão da informação de investigações envolvendo o nome da presidência da Casa, gostaria de afirmar ao plenário da comissão que este parlamentar está à disposição para vir aqui e prestar todo e qualquer esclarecimento”, afirmou.

Cunha compareceu de surpresa à reunião da CPI, marcada por tumulto e bate-boca entre parlamentares após o anúncio do presidente da comissão, Hugo Mota (PMDB-PB), de que criaria quatro sub-relatorias.

A atitude do presidente ocorreu por causa de suposições de que seu nome consta da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com nomes de políticos envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina investigado pela operação Lava Jato.

“Na medida em que se conheça qualquer tipo de detalhe, faço questão de comparecer a esse plenário e esclarecer qualquer ponto que seja necessário”, reiterou Cunha.

A iniciativa foi saudada pelos integrantes da CPI. O líder do PSDB na Casa, Carlos Sampaio (SP) informou que o gesto engrandecia e prestigiava o trabalho da comissão. Já o líder do PT, Sibá Machado (AC), criticou os chamados vazamentos seletivos. “Isto pode causar um problema terrível para a imagem da pessoa e, depois, ninguém vai reparar”, explicou o petista.

"Esta CPI não é de faz de conta. Ela é feita buscando o esclarecimento dos fatos, de acordo com sua ementa. Consequentemente, todos têm de respeitá-la, a começar pelo próprio presidente da Casa", acrescentou Cunha.

Na última terça-feira (3), Janot pediu ao ministro Teori Zavascki, relator das apurações da Operação Lava Jato no STF a abertura de 28 inquéritos sobre 54 pessoas políticos com foro privilegiado envolvidos no esquema.

Cunha informou, ainda, que, nesta quarta-feira (4), requereu ao STF acesso a um eventual pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República contra ele. "Acho que deveria ter sido divulgado de qualquer maneira. Isto causa estranheza. Já peticionei para saber se é ou não verdade e qual o teor", concluiu Cunha. Ele prometeu tornar público o pedido caso tenha seu nome citado.

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