SÃO PAULO, SP, BRASÍLIA, DF, E RIO DE JANEIRO, RJ - Os 48 parlamentares e ex-parlamentares que tiveram inquéritos abertos ou diligências investigativas autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras já começam a negar envolvimento com as acusações.
Os nomes das autoridades políticas foram tornados públicos na noite de sexta (6) por decisão do ministro Teori Zavasky, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato no STF.
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Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, foi um dos primeiros a se manifestar à reportagem: "Estou tranquilo. Vou esperar o conteúdo para analisar e depois me pronuncio".
Em nota oficial, Cunha afirmou que só falará "depois de conhecer as razões do pedido de inquérito".
Senador pelo PSDB de Minas Gerais, Antônio Anastasia, disse por sua assessoria de imprensa que só vai se pronunciar após seu advogado ter acesso aos autos do inquérito no qual é citado.
Ex-governador mineiro, Anastasia é um dos dois políticos -o outro é o ex-presidente da República e senador Fernando Affonso Collor de Mello- cujos inquéritos não apenas foram aceitos, como já tiveram aprovados pedidos de diligências.
O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, disse que só se posicionaria depois de ler o despacho do ministro do STF.
O deputado Simão Sessim (PP-RJ) não foi localizado para comentar a inserção de seu nome em inquérito.
O senador Benedito de Lira, do PP de Alagoas, também negou envolvimento no caso: "Estou surpreso com o meu nome na lista. Nunca tratei de nenhum assunto com nenhum desses caras da Petrobras. Nunca tive relações com eles nem fiz qualquer gestão junto a eles nem qualquer negociação política. Agora, vão ter que me mostrar do que fui acusado porque não estou sabendo de nada".