Corrupção

PP tira da CPI da Petrobras deputados investigados na Lava Jato

O partido é a sigla com o maior número de investigados. Ao todo, são 49 pessoas alvos de inquéritos, sendo 34 congressistas (12 senadores e 22 deputados)

Da Folhapress
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Publicado em 10/03/2015 às 17:16
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O partido é a sigla com o maior número de investigados. Ao todo, são 49 pessoas alvos de inquéritos, sendo 34 congressistas (12 senadores e 22 deputados) - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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A bancada do PP decidiu nesta terça-feira (10) substituir os deputados Lázaro Botelho (TO) e Sandes Júnior (GO) na CPI da Câmara que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.

Os dois deputados figuram na lista de 34 congressistas que tiveram o pedido de abertura de inquérito acolhido pelo Supremo Tribunal Federal e serão investigados. Segundo o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), eles manifestaram o desejo de deixar a CPI.

Suas vagas foram repassadas para Beto Rosado (PP-RN) e Covatti Filho (PP-RS) --cujo pai, Vilson Covatti (PP-RS), também fica na lista.

Na abertura dos trabalhos da CPI nesta terça, diversos deputados cobraram o afastamentos dos dois parlamentares do PP enrolado na operação. Mesmo com a saída dos dois, porém, permanece na CPI o deputado Cacá Leão (PP-BA), filho do vice-governador da Bahia João Leão (PP), alvo de inquérito da Lava Jato que afirmou estar "cagando e andando" para a investigação.

O partido é a sigla com o maior número de investigados. Ao todo, são 49 pessoas alvos de inquéritos, sendo 34 congressistas (12 senadores e 22 deputados). A bancada do PP na Câmara tem 40 deputados e terá 18 investigados. No Senado, dos cinco representantes da legenda, três são alvos do Supremo.

MIMOS

Um dos principais delatores do esquema de corrupção da Petrobras, Paulo Roberto Costa recebia mimos, como um relógio Rolex, de congressistas do PP como retribuição por abastecer o caixa do partido com recursos desviados da estatal. A informação consta na delação premiada do próprio Costa.

Então diretor de Abastecimento da empresa, ele chegou a receber um pagamento em dinheiro de R$ 200 mil dos deputados José Otávio Germano (RS) e Luiz Fernando Faria (MG), segundo o delator. A entrega, diz, foi feita no luxuoso hotel Fasano, em Ipanema.

A diretoria de Abastecimento, comandada por Costa, servia inicialmente para abastecer repasses ao PP, que eram operados por Youssef, e depois passou a atender também o PMDB. Por isso a prevalência de citações a parlamentares do PP.

Em sua delação, o doleiro inclusive cita parlamentares que foram buscar pessoalmente dinheiro no escritório de sua empresa, a GFD, em São Paulo.

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