Lava Jato

Renato Duque diz que permanecerá em silêncio na CPI da Petrobras

Ao decretar a prisão preventiva de Duque nessa segunda (16), o juiz Sérgio Moro, destacou que o ex-diretor da Petrobras continuou cometendo crime de lavagem de dinheiro

Da Agência Brasil
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Publicado em 19/03/2015 às 11:24
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Ao decretar a prisão preventiva de Duque nessa segunda (16), o juiz Sérgio Moro, destacou que o ex-diretor da Petrobras continuou cometendo crime de lavagem de dinheiro - FOTO: Foto: Divulgação
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Ao iniciar seu depoimento na Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque disse que irá permanecer em silêncio e que não responderá as perguntas dos deputados.

“Existe uma hora de falar e uma hora de calar. Esta é a hora de calar no meu ponto de vista. Estou sendo acusado, me encontro preso e por este motivo estou exercendo o meu direito constitucional ao silêncio", disse Duque logo após ter a palavra cedida pelo presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB).

O depoimento de Duque começou por volta das 10h40, na comissão, ele disse que exerceria o direito previsto no Artigo 5º da Constituição que dá o direito aos presos de permanecerem em silêncio. “Não posso dizer que é um prazer estar aqui, mas uma obrigação e, por orientação da minha defesa técnica na condição de investigado, estou exercendo o meu direito constitucional ao silencio, reservando-me a responder ao Judiciário todas as acusações que foram feitas contra mim”, reiterou.

Mesmo com a determinação de Duque de permanecer em silêncio, a sessão da CPI continua. Neste momento o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), faz perguntas ao depoente, logo após, os demais integrantes do colegiado terão o mesmo direito.

Na segunda-feira, o Ministério Público Federal denunciou o ex-diretor Renato Duque e mais 26 pessoas por lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha.

Ao decretar a prisão preventiva de Duque, o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na primeira instância, afirmou que, mesmo após a deflagração da operação, o ex-diretor continuou cometendo crime de lavagem de dinheiro, ocultando os valores oriundos de propina em contas secretas no exterior, por meio de empresas offshore.

Ainda não sabe se Duque vai responder as perguntas dos Deputaods. No despacho em que autorizou a ida de Duque à CPI, Moro também disse que Duque poderia garantir o seu direito de ficar em silêncio.

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