Os integrantes da CPI da Petrobras fecharam acordo nesta terça-feira (24) para convocar o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, acusado de receber repasses de propina de empreiteiras na investigação da Operação Lava Jato.
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Com o acordo, feito em reunião interna pela manhã, o requerimento para a convocação de Vaccari deve ser aprovado na sessão que ocorrerá à tarde. A data do depoimento de Vaccari ainda será marcada pelo presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB).
Não houve, porém, consenso sobre a convocação do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado nas investigações como o operador das propinas para o PMDB.
Segundo o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), parlamentares do PMDB não concordaram com a convocação de Baiano nem de outros personagens ligados à investigação sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como o policial Jayme Oliveira, o Careca, ou o consultor Júlio Camargo, que admitiu ter pago propina a Baiano em delação premiada.
Valente foi um dos que defendeu essas convocações.
As convocações deles não constaram no bloco de requerimentos pré-aprovados na reunião e serão apresentadas em separado na sessão. Sem consenso, porém, a aprovação fica mais difícil.
Sobre as quebras de sigilo de empreiteiros e empresas, o relator Luiz Sérgio (PT-RJ) afirmou que ainda será feita uma análise cautelosa desses requerimentos e, por isso, não foram incluídos no bloco de pré-aprovados.
GRAÇA FOSTER
Para a próxima quinta-feira (26), a CPI convocou a ex-presidente da Petrobras Graça Foster, mas ainda não há certeza de seu comparecimento, por motivos de saúde.
A segunda opção seria o doleiro Alberto Youssef, mas o ofício intimando-o ainda não foi expedido -por isso, pode não haver tempo hábil, já que ele está preso e é necessária uma antecedência de 48 horas para a intimação.