Lava-Jato

PSDB aposta que novas denúncias contra Vaccari embasem impeachment

Avaliação é de dirigentes da cúpula nacional tucana

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Publicado em 15/04/2015 às 18:42
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
Avaliação é de dirigentes da cúpula nacional tucana - FOTO: Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
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Os futuros desdobramentos da nova linha de investigação contra o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, podem dar maior embasamento jurídico para um eventual pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

A avaliação é de dirigentes da cúpula nacional tucana, para os quais as "graves suspeitas" contra o tesoureiro reforçam a discussão dentro do partido sobre a defesa do afastamento da presidente.

Preso nesta quarta-feira (15), o tesoureiro é suspeito de ter utilizado uma gráfica ligada ao partido para o recebimento de propina de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.

A cúpula tucana pondera, contudo, que os indícios apresentados até o momento ainda não revelam um "fato determinante" que vincule a presidente ao esquema de corrupção.

Ela avalia também que ainda não existe um consenso no Congresso Nacional para que um pedido de afastamento prospere.

Nos bastidores, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem considerado que é necessário aguardar o ritmo de investigações da Operação Lava Jato para que o partido não se antecipe e acabe dando um "tiro na água".

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), vice-presidente nacional do PSDB, o tempo de espera, no entanto, não pode ser longo.

"A prisão do tesoureiro se dá por novos indícios e é um caminho para que se busque um fato determinante. É necessário, contudo, que não se faça algo que seja inconsistente juridicamente", afirmou.

Nesta terça-feira (14), o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, mudou o tom e considerou que haverá motivo "extremamente forte" para um pedido de impeachment se ficar comprovado que o governo federal esperou o fim da eleição presidencial para processar uma empresa holandesa suspeita de pagar propina para fazer negócios com a Petrobras.

Segundo aliados do tucano, a partir de agora, ele deve elevar ainda mais o tom contra a presidente, numa tentativa de entrar em sintonia com os movimentos favoráveis ao afastamento da presidente. Nesta quarta, Aécio afirmou que há um "conjunto de acusações" contra o PT que precisam ser reunidas antes que haja ação do PSDB.

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