Lava-Jato

Justiça do Paraná prorroga prisão da cunhada de Vaccari

Marice Correa Lima é suspeita de ser subordinada do cunhado no esquema de desvios na Petrobras

Folhapress
Cadastrado por
Folhapress
Publicado em 21/04/2015 às 14:10
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Marice Correa Lima é suspeita de ser subordinada do cunhado no esquema de desvios na Petrobras - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Leitura:

A Justiça Federal do Paraná decidiu, nesta terça-feira (21), prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária de Marice Correa Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Ela é suspeita de ser subordinada do cunhado no esquema de desvios na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, auxiliando na lavagem e na transferência do dinheiro à família Vaccari. Ela nega as acusações.

Novas provas colhidas pelo Ministério Público Federal indicam que Marice realizou depósitos não identificados na conta da irmã, a mulher de Vaccari, Giselda Lima. Dois deles foram feitos ainda em março de 2015.

"Tudo indica que Giselda recebe uma espécie de 'mesada' de fonte ilícita, paga pela investigada até março de 2015", afirmam os procuradores. Entre 2008 e 2014, a mulher de Vaccari recebeu R$ 583 mil em depósitos não identificados, segundo o Ministério Público.

O juiz federal Sergio Moro considerou que há chances de que Marice volte a praticar crimes, levando em conta os indícios colhidos até aqui. Ele afirmou ser "perturbador" o fato de haver indícios de seu envolvimento em crimes desde 2009 até 2015.

Moro determinou que Marice seja ouvida novamente pela Polícia Federal a respeito dos depósitos à irmã e esclareça a origem do dinheiro -já que, no depoimento colhido nesta segunda (20), ela negou ter feito transferências para Giselda.

A defesa de Marice diz que ela é inocente e que vai provar a origem lícita de todas as transferências e patrimônio.

Últimas notícias